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Berlusconi diz que prendê-lo incitaria revolução na Itália

Berlusconi tentou derrubar o governo antes de ser cassado, mas acabou causando uma divisão de seu próprio partido


	O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi: "não, tenho certeza que eles não podem [me prender], se não haverá uma revolução na Itália." 
 (Gabriel Bouys/AFP)

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi: "não, tenho certeza que eles não podem [me prender], se não haverá uma revolução na Itália."  (Gabriel Bouys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 07h29.

Paris - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que perdeu a imunidade parlamentar ao ter o mandato de senador cassado no mês passado, disse nesta quinta-feira que vai haver uma revolução na Itália se ele for detido e mandado para a prisão.

O magnata da mídia, de 77 anos, perdeu a vaga no Senado após ter sido condenado por fraude fiscal e sentenciado a quatro anos de prisão. A pena foi reduzida para um ano, e deve ser cumprida em forma de prestação de serviços comunitários.

Mas sem a proteção parlamentar, Berlusconi está vulnerável em outros casos na Justiça, incluindo uma acusação de suborno político. Ele também está recorrendo contra uma condenação por abuso de poder e por ter pago por sexo com uma menor.

Perguntado em entrevista à rádio francesa Europe 1 se temia ser preso, Berlusconi respondeu: "Não, tenho certeza que eles não podem, se não haverá uma revolução na Itália." Após ter dominado a política italiana por duas décadas e de ter passado pela humilhação de ser expulso do Senado, Berlusconi tem deixado claro que usará todos os meios para desestabilizar o governo de coalizão do primeiro-ministro Enrico Letta.

Berlusconi tentou derrubar o governo antes de ser cassado, mas acabou causando uma divisão de seu próprio partido, que teve dissidentes declarando apoio a Letta para preservar a estabilidade política.

O premiê prometeu na quarta-feira evitar um "caos" na Itália, pouco antes de obter dois votos de confiança do Parlamento sem o apoio dos aliados de Berlusconi.

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