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Berlim prepara zona segura para mulheres em festa de Ano Novo

A medida acontece dois anos depois de centenas de mulheres serem molestadas sexualmente e assaltadas por gangues de homens durante as festividades

Bandeira da Alemanha (Sean Gallup/Getty Images)

Bandeira da Alemanha (Sean Gallup/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 29 de dezembro de 2017 às 18h05.

LONDRES (Thomson Reuters Foundation) - Os organizadores da maior festa de Ano Novo da Alemanha, que acontecerá no Portão de Brandemburgo, em Berlim, estão montando uma zona especial de segurança para mulheres que foram agredidas ou se sentem ameaçadas.

A medida acontece dois anos depois de centenas de mulheres serem apalpadas, molestadas sexualmente e assaltadas por gangues de homens durante as festividades da virada do ano na cidade de Colônia.

Centenas de milhares de pessoas em clima de comemoração são esperadas na "região de festa" de Berlim no domingo diante do Portão de Brandemburgo, localizado no centro da cidade. O evento anual ao ar livre com fogos de artifício, bandas e DJs ao vivo segue até as primeiras horas da manhã.

A polícia berlinense confirmou que neste ano as mulheres poderão buscar ajuda em uma área que contará com agentes da Cruz Vermelha alemã. "Os organizadores montaram uma zona de segurança para mulheres que tiverem sido vítimas de uma agressão sexual ou estão se sentindo assediadas", informou um comunicado da polícia.

Anja Marx, porta-voz do evento, disse que haverá uma área coberta por uma tenda com psicólogos à disposição. "Estamos fazendo isto pela primeira vez", explicou ela à Thomson Reuters Foundation por telefone.

"A polícia fez este pedido depois isso ter sido feito na Oktoberfest de Munique deste ano, e funcionou bem". Anja disse não ter havido problemas em celebrações de Ano Novo anteriores em Berlim.

Os ataques em massa ocorridos em Colônia em 2015 chocaram o país, e a violência alimentou críticas à decisão da chanceler alemã, Angela Merkel, de abrir as portas da Alemanha a mais de um milhão de imigrantes depois que se soube que muitos dos ataques foram realizados por homens que aparentavam ser do norte da África e árabes.

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