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Berlim convoca embaixador dos EUA após suposta espionagem

Ministro alemão de Relações Exteriores convocou o embaixador dos EUA em Berlim, para pedir explicações diante da suposta espionagem do celular de Angela Merkel


	Chanceler alemã, Angela Merkel, com celular: ontem, Merkel falou com o presidente americano, Barack Obama, para exigir-lhe esclarecimentos
 (Fabrizio Bensch/Files/Reuters)

Chanceler alemã, Angela Merkel, com celular: ontem, Merkel falou com o presidente americano, Barack Obama, para exigir-lhe esclarecimentos (Fabrizio Bensch/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 07h40.

Berlim - O ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, convocou nesta quinta-feira o embaixador dos Estados Unidos em Berlim, John B. Emerson, para pedir explicações diante da suposta espionagem do celular da chanceler, Angela Merkel, segundo informaram os veículos de imprensa germânicos.

Westerwelle receberá o embaixador pessoalmente nesta tarde, depois que ontem Merkel falou por telefone com o presidente americano, Barack Obama, para exigir-lhe que esclarecesse as suspeitas de espionagem.

A Casa Branca negou ontem à tarde que os Estados Unidos estejam escutando ou tenham escutado as conversas da chanceler, desmentido que, segundo os veículos de imprensa alemães, o órgão "não está certo" se houve espionagem no passado.

"Se for verdade o que estamos ouvindo, será realmente grave", ressaltou hoje em entrevista à televisão pública alemã o ministro da Defesa, Thomas de Maizière.

"Os americanos são e continuarão sendo nossos melhores amigos, mas isso é inaceitável", ressaltou o ministro.

Segundo o titular da pasta, há anos ele dá como certo que escutam suas conversas no celular, mas nunca havia pensado que os americanos fariam isso.

A Comissão Parlamentar de Segredos Oficiais, encarregada de controlar o trabalho dos serviços de inteligência, realizará nesta tarde uma sessão extraordinária.

"Quem espiona a chanceler espiona também os cidadãos", manifestou o presidente da Comissão, o social-democrata Thomas Oppermann, que considerou que as atividades da Agência Nacional de Segurança americano (NSA) está à margem de todos os controles democráticos.

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