Yayi Boni, presidente do Benin: este é o segundo e último mandato de cinco anos de Boni, um ex-bancário de 57 anos (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2012 às 17h05.
Cotonou - Um tribunal do Benin acusou formalmente três pessoas próximas ao presidente do país, Yayi Boni, de conspirar para atentar contra a vida do líder ao tentar envenená-lo.
Segundo confirmou à Agência Efe o promotor Justin Gbenameto, as três pessoas acusadas nesta terça-feira são o ex-ministro de Comércio e Indústria do Benin, Moudjaidou Soumanou, o médico pessoal do presidente, Ibrahim Mama Cissé, e uma sobrinha do líder, Zouberatou Kora Séké.
Os três foram detidos no domingo passado em seus domicílios e levados à delegacia de Cotonou, onde já foram submetidos a um interrogatório.
O promotor indicou, além disso, que o principal instigador do complô contra Boni seria Patrice Talon, um importante empresário beninense que atualmente se encontra fora do país.
Este último seria quem se pôs em contato com as outras três pessoas envolvidas na tentativa de envenenamento durante uma viagem oficial de Boni na semana passada a Bruxelas.
Segundo a fonte, foi emitida uma ordem de detenção internacional contra Talon, que supostamente ofereceu tanto ao médico pessoal do presidente como à sobrinha um pagamento de 1,5 mil euros.
O objetivo do complô seria o de administrar o veneno no lugar dos analgésicos que habitualmente toma o presidente para impedi-lo de seguir à frente do Benin, já que lhe causaria diversos traumas cerebrais.
Boni ganhou as últimas eleições do Benin, realizadas em março de 2011, com 53,13% dos votos, um resultado que não foi aceito pela oposição.
Este é o segundo e último mandato de cinco anos de Boni, um ex-bancário de 57 anos que nos últimos tempos se viu implicado em vários escândalos financeiros.