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BCs mundiais entram em cena no G20 para discutir desequilíbrios

Principais bancos centrais do mundo se encontram nesta sexta-feira, na reunião do G20 em Paris

O presidente do BC do Japão, Masaaki Shirakawa: ele encontrou o culpado pela alta dos preços das commodities (Getty Images)

O presidente do BC do Japão, Masaaki Shirakawa: ele encontrou o culpado pela alta dos preços das commodities (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 07h17.

Paris - A política monetária expansionista no mundo desenvolvido está levando capital a economias emergentes e ajudando a inflar os preços de commodities, mas é necessária, disse o presidente do Banco do Japão nesta sexta-feira, antes da reunião do G20.

Os principais bancos centrais do mundo se encontram na reunião do G20 em Paris, que parece destinada a dar um progresso fraco para os planos franceses.

O presidente do BC japonês, Masaaki Shirakawa, e os chefes dos BCs dos Estados Unidos, da zona do euro, da China e da Grã-Bretanha dividirão uma plataforma pública, com suas políticas divergentes e preocupações sobre a inflação.

As potências emergentes da China e da Índia já elevaram os juros para combater a inflação e reclamam sobre riscos de que o capital especulativo desestabilize suas economias.

A pressão cresce para que o Banco da Inglaterra seja o próximo a subir os juros, uma vez que a inflação britânica alcançou o dobro da meta do BC.

O Banco Central Europeu (BCE) não deve apertar a política monetária até pelo menos o fim do ano e o Federal Reserve continua a injetar dinheiro para estimular a economia através de um programa de 600 bilhões de dólares -- a provável fonte do aumento das entradas de capital em emergentes.

"Os estímulos monetários por países desenvolvidos estão causando ingressos de capital em países emergentes e, em parte, esses são os culpados pela alta dos preços de commodities", afirmou Shirakawa a jornalistas, nos corredores de uma reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais que começa mais tarde nesta sexta-feira.

"Porém, os estímulos monetários em países desenvolvidos são medidas necessárias", disse ele.

Em documento preparado para a reunião do G20, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a crise de dívida da zona do euro ainda é uma ameaça à recuperação global, enquanto nações emergentes correm o risco de superaquecer e a alta dos preços de alimentos é um risco inflacionário.

Shirakawa, o chairman do Fed, Ben Bernanke, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, o presidente do BC britânico, Mervyn King, e o presidente do BC chinês, Zhou Xiaochuan, falarão durante o evento em Paris por volta de 12h30 (horário de Brasília).

O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, também deve falar na conferência organizada pelo grupo de pesquisa Eurofi.

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