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BCE vê risco no envolvimento de credor privado na Grécia

Para Juergen Stark, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu, ajuda pode levar à "próxima trágica fase da crise"

Papandreou, premiê grego: agências poderiam reduzir rating dos títulos (John Thys/AFP)

Papandreou, premiê grego: agências poderiam reduzir rating dos títulos (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 15h53.

Londres - O envolvimento do setor privado no novo pacote de ajuda para a Grécia, mesmo que voluntário, pode levar à "próxima trágica fase da crise" e os governos deveriam apresentar logo uma estratégia trabalhável, disse o membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), Juergen Stark, em entrevista que será publicada amanhã.

"O envolvimento do setor privado no contexto é apenas uma questão secundária que pode levar a uma situação de grande risco se não houver maior transparência logo", disse Stark ao Frankfurter Allgemeine Zeitung.

"O envolvimento voluntário do setor privado está sendo discutido. Mas a questão também é se isso levará ou não a um evento de crédito no mercado de swap de default de crédito e se as agências de rating (nota de classificação de risco) irão reduzir o rating para default (não pagamento) seletivo ou default", disse Stark.

Perguntado sobre as eventuais consequências, Stark respondeu: "poderia ser a próxima fase dramática da crise. Deveríamos temer pelos efeitos muito negativos ao sistema bancário grego, para a economia e, claro, para os outros países".

A posição de capital dos bancos deverá se enfraquecer e muitos ficariam insolventes ao contabilizar como perda suas posições nos bônus gregos, disse.

Stark reiterou que o BCE não aceitará mais os bônus gregos como garantia nas linhas de empréstimo caso haja um evento de crédito ou não pagamento (default). Segundo ele, a Grécia pode pagar suas dívidas em tempo se cumprir as reformas necessárias. "A solução tem de ser encontrada na Grécia e em outros países endividados", afirmou. "Precisamos de mudanças profundas no regime das economias afetadas". As informações são da Dow Jones.

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