Mundo

BCE confirma que não vai mais seguir política monetária do Fed

Presidente da entidade disse que vai retirar gradativamente as medidas contra a crise porque os resultados mostram recuperação do continente

Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, criticou as medidas do Fed (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, criticou as medidas do Fed (Chung Sung-Jun/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 16h24.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, confirmou nesta quinta-feira que não vai relaxar mais a política monetária do organismo e, por isso, não vai seguir os passos do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Na entrevista coletiva após a reunião do conselho de Governo, Trichet disse que a entidade vai manter sua estratégia de retirada gradual das medidas excepcionais aplicadas na crise, já que a situação nos mercados financeiros está se normalizando e a economia se recuperando.

O Fed anunciou um controvertido plano de estímulo monetário mediante a compra de bônus no valor de US$ 600 bilhões para baratear os empréstimos e impulsionar a lânguida recuperação dos Estados Unidos.

"As medidas não-convencionais são, por definição, de natureza temporária", argumentou Trichet.

Por isso, o conselho de Governo do BCE observará todos os eventos e informará em dezembro sobre o futuro da provisão de liquidez e a forma de adjudicação, o que se conhece como medidas não-convencionais, anunciou Trichet.

O BCE mantém também o controverso programa de compra de dívida pública que iniciou em maio para apoiar o bom funcionamento do mercado de bônus públicos, que sofre atualmente tensões pela crise de endividamento europeia.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasDívida públicaEuropaUnião Europeia

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia