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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Cidade do México - O Banco do México, o banco central do país, manteve hoje a taxa de juros de referência da economia em 4,5%, citando contínuos sinais de fraqueza na economia interna e um comportamento benigno da inflação ou seja dentro do previsto. "No México, a produção e a exportação de bens manufaturados reflete a solidez da atividade industrial dos EUA. O consumo e o investimento do setor privado continuam fracos, embora tenham mostrado alguma melhora recentemente", informou o banco central em um comunicado oficial.
O Banco do México disse que o efeito da crise da dívida soberana da Europa na economia dos EUA "parece ser limitado", devido à baixa exposição dos exportadores e instituições financeiras dos EUA à Europa.
A inflação deve ficar dentro da faixa prevista pelo banco central no fim do ano passado, e a continuação da política monetária vai depender de a inflação atingir sua meta de 3% no fim do próximo ano, informou o Banco do México.
Nenhum dos 24 economistas ouvidos pela Dow Jones Newswires esperava uma mudança na taxa, que o banco central mantém em 4,5% desde julho de 2009 para ajudar a economia a se recuperar de uma contração de 6,5% do ano passado.
O México é um dos poucos países importantes da América Latina que mantém a taxa de juros inalterada por um longo período de tempo, enquanto os bancos centrais no Brasil, Chile e Peru começaram a apertar a política monetária nos últimos meses para manter as expectativas de inflação, pressionada por um forte crescimento econômico.
Um mercado de trabalho brando, fatores sazonais e um peso mais forte têm ajudado a limitar as pressões inflacionárias na economia do México, especialmente aquelas geradas após a decisão do governo de aumentar impostos e preços de energia no começo do ano.
As informações são da Dow Jones.