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BC japonês pode afrouxar novamente política monetária

Medida econômica é para encarar a alta do iene e a queda do mercado de ações, que afetam os empresários

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2011 às 14h04.

Tóquio - O Banco do Japão vai considerar afrouxar ainda mais a política monetária, possivelmente num encontro emergencial antes da decisão de política monetária do próximo mês, caso a alta do iene e a queda do mercado de ações afetem o sentimento do empresariado, disseram fontes.

O governo também pode intervir novamente, e de forma unilateral, no mercado de câmbio para enfraquecer o iene, embora analistas duvidem que isso possa alterar a tendência global de baixa do dólar.

Uma autoridade sênior do governo expressou a prontidão de Tóquio para agir no mercado de câmbio a fim de conter a valorização da moeda japonesa, se necessário, dizendo que os recentes movimentos são de ordem especulativa.

"A postura do Japão é consistente com isso, (e) o país tomará uma ação decisiva dependendo dos desdobramentos do mercado", disse a autoridade à Reuters neste domingo.

O banco central afrouxou a política monetária há apenas duas semanas, para amenizar os prejuízos decorrentes da persistente alta do iene sobre as exportações, bastante importantes para a economia japonesa, e tem expressado sua prontidão para agir novamente se as perspectivas de uma recuperação econômica moderada sofrerem ameaça.

Após o iene renovar a máxima histórica ante o dólar na sexta-feira, autoridades do BC japonês vão monitorar as oscilações nos mercados asiáticos na segunda-feira e começar a debater se o prejuízo potencial oriundo da valorização da moeda local respaldam mais ações de expansão monetária.

O BoJ, como é conhecido o BC do Japão, decidirá sobre a taxa de juros nos dias 6 e 7 de setembro.

Mas a chance de o banco central afrouxar ainda mais a política já expansionista antes daquela data não pode ser descartada, dependendo dos desdobramentos do mercado, disseram fontes familiares com o pensamento do BoJ.


"Vamos agir rapidamente, se necessário, de olho nas condições econômicas", afirmou uma das fontes.

Ainda assim, uma temporária alta do iene a novas máximas recordes sozinha não provocaria uma ação imediata da autoridade monetária japonesa.

Para que o BC do Japão faça uma reunião emergencial, a cotação do dólar teria de cair de forma sustentável abaixo de 76 ienes, ao mesmo tempo em que os preços das ações em Tóquio precisariam recuar o suficiente para abater o humor dos empresários, disseram as fontes.

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