A Rússia anunciou nesta quinta-feira que algumas unidades deixarão em breve a fronteira ucraniana, como fez um batalhão na segunda-feira, mas recordou que não há restrições à movimentação das tropas.

"Quando acabarem as tarefas que foram atribuídas, outras unidades voltarão ao local de posicionamento permanente", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

Um primeiro batalhão deixou a área de fronteira com a Ucrânia e retornou para a região de Samara, mais ao leste, onde fuca sua base, anunciou na segunda-feira o presidente Vladimir Putin em uma conversa telefônica com a chanceler alemã, Angela Merkel.

"A respeito da movimentação de tropas no território da Federação Russa, não existem restrições e nossos sócios ocidentais reconhecem que, do ponto de vista jurídico, não representa problemas. Eu não dramatizaria o tema, como tentam fazer as autoridades ucranianas e seus protetores no Ocidente", completou o chanceler russo.

Lavrov pediu à Otan explicações sobre sua presença no leste da Europa, em especial se a movimentação está de acordo com os acordos vigentes.

"Fizemos esta pergunta à Aliança Atlântica. Esperamos uma resposta baseada no respeito às normas que elaboramos", disse o ministro.

Também pediu aos navios americanos no mar Negro que respeitem a Convenção de Montreux, que regula os prazos de presença autorizada dos barcos na região, e destacou que "ultimamente a prolongaram várias vezes".