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Batalha em Mosul gera danos ambientais e impacto à saúde, diz ONU

Mais de 1.000 pessoas foram atendidas com sintomas de asfixia em hospitais da cidade de Makhmur

Civis: domingo passado, uma usina de água foi atingida durante os combates (Goran Tomasevic/Reuters)

Civis: domingo passado, uma usina de água foi atingida durante os combates (Goran Tomasevic/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 10h27.

Cairo - Os civis que ainda vivem no norte do Iraque estão sofrendo com doenças respiratórias e asfixia por conta das queimadas feitas pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) antes de sair de seus redutos durante a ofensiva militar.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) informou nesta quinta-feira que 19 poços de petróleo foram incendiados perto da cidade de Al Qayyarah, ao sul de Mosul, provocando gases tóxicos. A queima de petróleo produz uma ampla gama de poluentes, incluindo fuligem e gases que causam problemas de saúde, como irritação na pele e dificuldades respiratórias.

A ONU indicou que na semana passada as reservas de dióxido de enxofre armazenadas em uma fábrica em Al Qayyarah foram incendiadas, provocando também uma grande nuvem tóxica. Mais de 1.000 pessoas foram atendidas com sintomas de asfixia em hospitais da cidade de Makhmur.

Domingo passado, uma usina de água foi atingida durante os combates, provocando o vazamento de gás cloro que levou 100 pessoas a procurarem atendimento médico.

Em nota, o diretor-executivo do PNUMA, Erik Solheim, advertiu sobre "um desastre prolongado", já que está contaminação transforma as condições de vida em "perigosas e miseráveis" e gera o deslocamento da população.

A ofensiva contra Mosul, a o principal reduto dos terroristas do Estado islâmico no Iraque, começou há 11 dias, mas nos últimos meses ocorreram operações para libertar Al Qayyarah.

 

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