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Bashar al Assad nega que Rússia construirá nova base no país

O líder sírio também negou que o Irã, principal aliado de seu país na região, esteja planejando construir sua própria base militar em território sírio


	Destruição na Síria: além de bombardeiros, participaram da ação militar russa navios de guerra
 (Reuters / Abdalrhman Ismail)

Destruição na Síria: além de bombardeiros, participaram da ação militar russa navios de guerra (Reuters / Abdalrhman Ismail)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 08h24.

Damasco - O presidente da Síria, Bashar al Assad, negou em entrevista exclusiva à Agência Efe que a Rússia irá construir uma segunda base no país.

"Não, isso não é certo, e há dois dias eles mesmos (as autoridades russas) desmentiram estas alegações. Se houvesse algo, o teriam anunciado, e nós o teríamos anunciado ao mesmo tempo", assegurou.

Além disso, o líder sírio também negou que o Irã, principal aliado de seu país na região, esteja planejando construir sua própria base militar em território sírio.

"Não. Nunca pensaram nisso e nunca apresentaram ou discutiram o tema", respondeu Assad, com contundência, ao ser questionado sobre esta possibilidade.

As declarações de Assad foram dadas depois que, nesta quarta-feira, o Ministério de Defesa da Rússia informar que Moscou não tem planos ou necessidade de construir novas bases aéreas na Síria.

"Não houve nem há nenhuma necessidade operacional de construir 'bases aéreas' adicionais na Síria, como inventaram certos estrategistas de salão", disse o porta-voz do Ministério russo, Igor Konashenkov.

O exército russo dispõe de uma base aérea na província de Latakia, no norte da Síria.

A Rússia, cujo desempenho foi avaliado positivamente por Assad, começou uma campanha de bombardeios aéreos contra posições dos grupos jihadistas na Síria no dia 30 de setembro a pedido do presidente sírio.

Além de bombardeiros, participaram da ação militar russa navios de guerra, que lançaram mísseis de cruzeiro no mar Cáspio, e a esses ataques uniu-se nesta semana um submarino no mar Mediterrâneo.

O chefe de Estado sírio também insistiu que a Rússia não lhe pediu nada em troca por sua intervenção "porque não se trata de uma questão de intercâmbio comercial".

"Em troca, a Rússia quer que haja estabilidade na Síria, no Iraque e em toda a região. Não estamos longe da Rússia, e deixe-me ir muito além, dizendo que não estamos longe da Europa. Então a ação da Rússia na Síria representa um ato em defesa da Europa de forma direta", ressaltou, antes de apontar que os recentes atentados em Paris são a prova de que "o que está acontecendo aqui (na Síria) os afetará (Ocidente) positiva e negativamente".

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