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Ataque à base militar no Iraque mata dois americanos e um inglês

A ofensiva já é 22ª contra instalações norte-americanas no país nos últimos cinco meses

MIlitares: segundo autoridades iraquianas não há informações sobre vítimas no ataque (Frank Rossoto Stocktrek/Getty Images)

MIlitares: segundo autoridades iraquianas não há informações sobre vítimas no ataque (Frank Rossoto Stocktrek/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2020 às 15h48.

Última atualização em 11 de março de 2020 às 18h53.

São Paulo — Dois americanos e um inglês morreram durante um ataque de 15 mísseis à base militar iraquiana Taji, a 42 quilômetros de Bagdá, que abriga soldados da força de coalizão criada para combater o grupo terrorista Estado Islâmico, nesta quarta-feira (11). Ainda não está claro se os mortos são militares ou civis. Os Estados Unidos acreditam que os foguetes, de fabricação russa, podem ter sido disparados por facções paramilitares ligadas ao Irã. As informações são da agência AFP.

A situação é considerada bastante grave. É esperada uma reação americana. Segundo fontes diplomáticas, mais uma vez o Irã pode ter cruzado uma linha vermelha, que pode levar os americanos a uma retaliação.

No final do ano passado, quando um civil americano foi morto durante um ataque a uma base militar no norte do Iraque, Trump ordenou o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani. Ele era considerado o braço direito do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamanei.

De acordo com autoridades do exército do Iraque, esta já é a 22ª ofensiva contra instalações norte-americanas no país em cinco meses.

O clima no Iraque é de grande preocupação. O temor é que o país possa ser palco, mais uma vez, dos conflitos entre o Irã e os Estados Unidos. Os iranianos aproveitaram o vácuo de poder deixado pela invasão do Iraque, em 2003, para ocupar um espaço junto à administração iraquiana.

Muitos ministérios são dominados por partidos políticos próximos ao Irã. Grupos paramilitares financiados pelo Irã, como o Kataib Hezzbollah, exercem um poder de milícia, cobrando taxas dos comerciantes e da população em geral, e têm força política.

Desde outubro do ano passado, manifestações constantes em Bagdá e em outras cidades do país pedem o fim da influência iraniana no Iraque e a melhoria de serviços básicos, como o fornecimento de água e eletricidade.

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