Barroso, presidente da Comissão Europeia, quer crescimento "forte, durável e equitativo" (Divulgação/Otan)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 09h34.
Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, pediu nesta terça-feira para melhorar e fortalecer o mercado único a fim de favorecer o crescimento e a criação de empregos na UE e, com isso, superar mais facilmente os efeitos da crise econômica.
Barroso assegurou no discurso inaugural de uma conferência sobre o mercado único em Bruxelas que o bloco "fornece muito a nossas economias e sociedades".
Em sua opinião, o mercado único cobre todos os setores prioritários da estratégia "Europa 2020", com o qual a União Europeia quer impulsionar o crescimento econômico e o emprego nos próximos anos.
"Sem um mercado único ativo não poderemos apresentar resultados em todas as áreas da estratégia 2020", comentou.
Segundo os acordos, o mercado único é a criação que garante a liberdade de circulação de capitais, pessoas e bens no conjunto da União Europeia, com o objetivo de facilitar a vida dos cidadãos e de promover o crescimento econômico, ao dar acesso a um mercado potencial de 500 milhões de clientes.
Barroso lembrou que, em outubro passado, a Comissão apresentou um conjunto de medidas para potenciar o mercado único e resolver os erros judiciais detectados nas normas comuns do mercado interno.
A Comissão espera publicar medidas concretas para fortalecer o mercado único nos dois próximos anos com base nas contribuições de todas as partes.
Nesse sentido, assinalou que a maior parte das sugestões recolhidas pede um mercado interno "ambicioso", que ajude a impulsionar o crescimento e criar empregos, que seja equilibrado e apoie os cidadãos.
Segundo Barroso, o mercado único "pode ajudar a sair da crise e desenvolver uma economia social de mercado muito competitiva", favorecendo um crescimento "forte, durável e equitativo".
Por sua parte, o comissário europeu de Mercado Interno e Serviços Financeiros, Michel Barnier, assegurou que, 20 anos depois da criação do mercado único "ainda ficam muitos obstáculos para as pequenas e médias empresas e para os cidadãos".
"Podemos celebrar o 20º aniversário em um ambiente mais dinâmico que nostálgico, porque há uma forte demanda dos cidadãos" para um mercado único, indicou.
Barnier afirmou que a "primeira vítima" dos movimentos protecionistas é o mercado único e pediu para criar o "ecossistema" mais propício possível para facilitar a participação das empresas e dos cidadãos no mercado europeu.