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Barcelona e Cambrils estão em busca de respostas

Enquanto a população de Barcelona ainda tentava lidar com o ataque, outro atentado aconteceu na cidade de Cambrils

Atentado em Barcelona: van é retirada do local do ataque em região turística da cidade espanhola (Sergio Perez/Reuters)

Atentado em Barcelona: van é retirada do local do ataque em região turística da cidade espanhola (Sergio Perez/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 18 de agosto de 2017 às 06h16.

Última atualização em 18 de agosto de 2017 às 07h53.

A sexta-feira será de investigações e de busca por respostas na Espanha. Na madrugada, a Torre Eiffel ficou apagada em homenagem aos 13 mortos e outros 100 feridos no atentado de Barcelona. Em Nova York, o One World Trade Center recebeu uma iluminação especial. Por todo o mundo sinais e mensagens de líderes reforçam a necessidade de união contra o terrorismo.

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“Hoje a luta contra o terrorismo é a principal prioridade das sociedades livres e abertas como a nossa. É uma ameaça global, e a resposta deve ser global”, afirmou o premiê espanhol Mariano Rajoy na noite de quinta-feira no Brasil e já no início da madrugada na Espanha.

Liberdade era o sinônimo de Las Ramblas — o local do atentado. Com 1,2 quilômetro de extensão, a rua de Barcelona é um importante ponto turístico da cidade pela sua disposição incomum: ao centro, um grande calçadão com floriculturas, barracas de souvenires e estandes de comidas; em suas laterais, as pistas servem aos carros que sobem e descem entre o porto e a praça central da cidade.

Onde turistas viram um bom lugar para um passeio de fim de tarde, dois homens em uma van enxergaram um rio de vítimas potenciais, num método de terror que está se tornando comum na Europa. Este já é o oitavo atentado do tipo em um ano. Após atropelar os pedestres, a van branca parou sobre um mosaico do artista Joan Miró — uma obra de arte encomendada para recepcionar os visitantes que chegassem a cidade pelo mar — após bater em uma banca de jornal.

Um dos suspeitos da autoria do ataque foi preso, mas o motorista segue foragido. Um terceiro homem, identificado como Driss Oukabir, está detido após seu nome ser divulgado pela imprensa local como o responsável pelo atentado. Ele nega qualquer relação com os crimes e diz que seus documentos foram roubados.

Enquanto a população de Barcelona ainda tentava lidar com o ataque e a polícia procurava o motorista foragido, um outro atentado teve lugar na cidade de Cambrils, distante 100 quilômetros de Barcelona. Em circunstâncias ainda não esclarecidas, seis civis e um policial foram feridos. Cinco terroristas envolvidos no incidente foram mortos. Relatos não confirmados dão conta de que as vítimas foram atropeladas por um veículo da marca Audi e que os terroristas usavam cinturões-bomba. Apesar de não confirmar a informação, a polícia realizou detonações controladas na cidade.

A relação entre os terroristas de Barcelona e de Cambrils está sendo investigada. O governo espanhol já acredita que uma explosão acontecida em uma casa na quarta-feira, 16, na cidade de Alcanar, distante 200 quilômetros de Barcelona, tem ligação com os atentados de Cambrils e de Las Ramblas. Em Alcanar, o que foi tratado inicialmente como vazamento de gás agora é investigado como tentativa de fabricação de explosivos. Duas pessoas foram presas.

As autoridades ainda não confirmam se os terroristas mortos e os suspeitos detidos constituíam uma célula terrorista. Apesar de o Estado Islâmico reivindicar o atentado, ainda há dúvidas se o grupo terrorista seja o responsável direto, uma vez que não divulgou, como de costume, os nomes, antecedentes e até mesmo vídeo dos envolvidos.

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