Obama em visita à cadeia Robben Island, onde Mandela ficou preso por 18 anos: "O mundo agradece aos heróis de Robben Island", disse o presidente (REUTERS/Jason Reed)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2013 às 12h14.
O presidente Barack Obama expressou neste domingo sua profunda humildade pouco depois de visitar a prisão de Robben Island, onde o líder sul-africano Nelson Mandela passou 18 anos de sua vida.
"Em nome de minha família, quero expressar um sentimento de profunda humildade por estar e um lugar onde as pessoas de semelhante coragem enfrentaram a injustiça e se negaram a se render", escreveu o presidente americano no livro de visita, o qual assinou junto à esposa Michelle.
"O mundo agradece aos heróis de Robben Island, que nos recordam que não existem grilhões ou celas que possam igualar a força do espírito humano", escreveu ainda.
Durante a visita, Obama estava acompanhado por sua esposa Michelle e suas duas filhas, Sasha e Malia.
O grupo percorreu diversas partes do complexo, onde 34 dirigentes da luta contra o 'apartheid', incluindo Mandela, passaram anos de trabalhos nas pedreiras.
O presidente inclusive passou alguns momento junto à janela com barras de ferro da cela onde Mandela passou a maior parte de seus 27 anos de prisão.
Na véspera, falando na Universidade de Soweto, Obama pediu à juventude africana que se inspire na vida de Nelson Mandela para superar as dificuldades da vida.
"Pensem em 27 anos de prisão. Pensem nos sofrimentos, nos conflitos e na distância da família e dos amigos", afirmou Obama.
"Houve alguns momentos sombrios que testaram sua fé na humanidade, mas ele jamais desistiu. Em sua vida, haverá momentos que testarão sua fé", enfatizou.
O presidente americano pronunciará neste domingo um discurso na Universidade da Cidade do Cabo, onde destacará o legado de unidade deixado por Mandela como um guia fundamental para as próximas gerações no continente africano.
A visita de Obama ao continente africano de certa forma está ofuscada pelo estado de saúde de Mandela, que continua internado em estado crítico.