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'Yes, she can': Obama e Michelle buscam retomar energia da campanha de 2008 para eleger Kamala

Casal fez principais discursos da segunda noite da Convenção Democrata

Nesta terça, Obama subiu ao palco da convenção democrata em Chicago e buscou recuperar a energia da campanha vitoriosa de 2008 (Robyn Beck / AFP)

Nesta terça, Obama subiu ao palco da convenção democrata em Chicago e buscou recuperar a energia da campanha vitoriosa de 2008 (Robyn Beck / AFP)

Publicado em 21 de agosto de 2024 às 00h21.

Última atualização em 21 de agosto de 2024 às 09h35.

Chicago, Estados Unidos - Barack Obama tem um histórico marcante em convenções democratas. Em 2004, um discurso dele no evento, ainda como candidato a senador, chamou a atenção e catapultou sua carreira. Quatro anos depois, Obama voltava à uma convenção para ser nomeado candidato a presidente.

Nesta terça, Obama subiu ao palco da convenção democrata em Chicago e buscou recuperar a energia da campanha vitoriosa de 2008, agora para tentar ajudar Kamala Harris a ser eleita presidente dos Estados Unidos.

A sequência de referências à campanha de 2008, veladas e explícitas, pontuou os discursos. No início, Barack disse que estava "fired up" (armado para disparar), um dos gritos comuns em seus comícios. Ele também disse "yes, she can" (sim, ela pode), que a multidão repetiu em seguida. "Yes, we can" foi seu principal lema de campanha.

Ele e a mulher, Michelle, que falou antes dele, fizeram dois discursos afiados, recheados de referências à esperança, a importância dos valores americanos como o respeito e a união. Eles defenderam a candidatura de Kamala Harris e alfinetaram Donald Trump.

"Vocês estão vendo agora o que pode ser um daqueles empregos negros", disse Michele, em referência a uma fala de Trump de que imigrantes irregulares estariam roubando "empregos dos negros".

"Fechar o Departamento de Educação, banir nossos livros, nada disso vai preparar nossas crianças para o futuro. Demonizar as crianças pelo que elas são. Isso nos torna pequenos. Ser pequeno é tudo que não ensinamos às nossas crianças. Não podemos ser nossos piores inimigos", disse Michelle.

"Kamala está mais do que pronta para este momento", prosseguiu a ex-primeira-dama. "Kamala tem mostrado sua aliança com este país, não com raiva e amargor. Só Kamala realmente entendeu que o trabalho invisível e o compromisso inabalável que sempre fez a América grande", disse.

Michele eventualmente é incluída em pesquisas eleitorais, mas já disse diversas vezes que não pensa em seguir carreira política.

O legado de Biden

No começo de sua fala, Obama fez elogios ao presidente Joe Biden, que desistiu da reeleição.

"O bastão foi passado. Agora, é nossa vez de lutar pela América que queremos", disse Obama. "Esta vai ser uma eleição apertada. Muitos americanos acham que o governo não pode ajudar. As pessoas que vão decidir esta eleição estão pensando: quem vai lutar por mim?"

O ex-presidente falou bastante sobre a importância de preservar os valores do país. "A democracia não é uma mistura de leis empoeiradas escritas em algum livro em algum lugar. São os valores pelos quais queremos lutar. É modo como tratamos as pessoas que não parecem com a gente, não rezam como a gente, não veem o mundo da mesma forma que nós", disse o ex-presidente.

O casal Obama morou em Chicago por muitos anos. Barack começou a carreira política em Chicago e foi senador estadual e federal por Illinois antes de conquistar a Presidência.

A noite desta terça teve ainda discursos do senador Bernie Sanders, do governador de Illinois, JB Pritzker, e de Doug Emhoff, marido de Kamala Harris.

Próximos eventos da Convenção Democrata

Na quarta-feira, 21, TimWalz, que é vice na chapa com Kamala, fará o principal discurso da noite. O ex-presidente Bill Clinton também falará no evento.

No dia seguinte, quinta, 22, Kamala fará o discurso de encerramento da convenção e aceitará formalmente a candidatura à Presidência. Ela enfrentará o republicano Donald Trump nas urnas nas eleições de 5 de novembro.

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