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Bank of Ireland coloca à venda sua coleção de arte

Banco foi um dos mais afetados pela crise e teve que receber ajuda do Estado para evitar a falência; população protestou contra o leilão

O leilão já vendeu 144 peças e rendeu 1,5 milhões de euros (Peter Muhly/AFP)

O leilão já vendeu 144 peças e rendeu 1,5 milhões de euros (Peter Muhly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 15h31.

Dublin - O Bank of Ireland, o segundo da Irlanda, iniciou na noite de quarta-feira, em Dublin, a venda de sua prestigiada coleção de arte que reúne duas mil obras, abrindo uma polêmica.

No total, 144 dos 145 quadros e esculturas colocados à venda resultaram em 1,5 milhão de euros, precisou a Casa de leilões Adam's. A peça mais cara, "Clouds at Sunset", de Paul Henry, foi vendida por 66.000 euros.

O evento atraiu "mais de 4.000 visitantes", precisou a Adam's. O interesse foi tamanho que o leilão precisou ser deslocado para um local mais espaçoso: o salão de baile de um famoso hotel do centro de Dublin.

O Estado foi obrigado a ajudar os bancos irlandeses com 50 bilhões de euros, após sua quase falência, devido à explosão de uma bolha imobiliária. Mas isto não foi suficiente e Dublin precisou apelar nesta semana à União Europeia e ao Fundo Monetário International (FMI), que colocaram em prática um amplo plano de ajuda de 85 bilhões de euros.

O Bank of Ireland, que era, outrora, o orgulho do antigo "tigre céltico", possui, hoje, 36% em poder do Estado.

"A coleção deveria ter sido preservada, como garantia do dinheiro dado pelos contribuintes", estima Breda O'Byrne, 67 anos, em nome das pessoas que vieram se manifestar na noite de quarta-feira contra a venda.

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