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Bank of America prepara estratégia para possível vazamento do WikiLeaks

Banco montou equipe com cerca de 20 diretores para descobrir quais informações podem ser vazadas

Julian Assange já confirmou que o próximo alvo do WikiLeaks é um banco,mas não revelou a instituição (Justin Sullivan/AFP/Getty Images)

Julian Assange já confirmou que o próximo alvo do WikiLeaks é um banco,mas não revelou a instituição (Justin Sullivan/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 17h21.

Nova York - O Bank of America trabalha na elaboração de uma estratégia de defesa diante da possibilidade de que o banco americano se transforme no próximo alvo dos vazamentos do WikiLeaks, revelou nesta segunda-feira o jornal "The New York Times".

Segundo o jornal, desde que foram intensificados os rumores de que o site de Julian Assange preparava um ataque contra o banco, foi criada uma equipe de aproximadamente 20 pessoas que elabora uma "ampla investigação interna".

No final de novembro, Assange anunciou em entrevista concedida à "Forbes" que o próximo alvo dos vazamentos do WikiLeaks seria "um grande banco americano" e a partir de então aumentaram os rumores de que seria o Bank of America.

Segundo o jornal nova-iorquino, que não identificou suas fontes, a equipe formada pelo banco tem entre 15 e 20 diretores e é liderada pelo principal responsável pela gestão de riscos da empresa, Bruce Thompson.

"Se algo acontecer queremos estar prontos. Queremos saber nossas opções antes que algo vaze", relatou ao "The New York Times" um dos diretores do maior banco americano, que abordou o assunto sem se identificar.

Segundo detalha o jornal, por enquanto a investigação não encontrou provas que sustentem a versão de Assange de que o WikiLeaks possui um disco rígido de cinco gigabytes de um diretor de uma instituição bancária com valiosas informações sobre a empresa.

Segundo o "Times", a equipe trabalha com a hipótese de que, no caso de que Assange disponha de documentos internos do Bank of America, eles poderiam ter saído "das montanhas de materiais" que o banco entregou à Comissão da Bolsa de Valores americana (SEC, na sigla em inglês) e ao escritório do procurador-geral de Nova York quando estava sendo investigado pela da aquisição do Merrill Lynch.

Quando os rumores de que o Bank of America seria o próximo alvo do WikiLeaks se intensificaram, no final de novembro, suas ações caíram consideravelmente na bolsa, embora tenham se recuperado rapidamente e no primeiro pregão de 2011 subiam mais de 5% na Bolsa de Nova York.

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