800 pessoas morreram no desabamento de um edifício de oito andares que abrigava fábricas de confecção nas proximidades da capital de Bangladesh, Dacca (AFP / Munir Uz Zaman)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 12h28.
Nova Délhi - O governo de Bangladesh anunciou nesta quarta-feira que fechou 18 fábricas têxteis do país que não cumprem os requisitos de segurança desde o desabamento, no final de abril, de um complexo de fábricas que deixou mais de 800 mortos.
"O governo fechou 18 fábricas (têxteis), 16 em Daca e duas em Chittagong - a segunda cidade mais importante do país", afirmou em entrevista coletiva o ministro bengalês de Têxtil e Juta, Abdul Latif Siddiqui, segundo recolhe o meio local Daily Prime News.
O ministro declarou que não desejam "outra derrota para a humanidade" portanto estão levando a sério "a segurança dos trabalhadores em seus locais de trabalho seguindo as diretrizes do presidente do governo".
O catalisador da medida foi a tragédia em Savar, uma cidade próxima à capital Daca, onde no dia 24 de abril um prédio que abrigava cinco fábricas têxteis desabou deixando até agora 803 mortos e 2.437 feridos.
A catástrofe comoveu Bangladesh e evidenciou as más condições trabalhistas e de segurança em que vivem os trabalhadores da indústria têxtil no país asiático, que abastece as multinacionais ocidentais.
A indústria têxtil representa 78% das exportações de Bangladesh, cerca de US$ 19 bilhões, segundo os últimos dados oficiais.
O setor conta com 5.400 fábricas e mais de 4 milhões de trabalhadores, na maioria, mulheres.