Além do risco de doenças por contato com a água cada vez mais suja, os moradores de algumas áreas atingidas enfrentam o perigo de serem atacados por répteis (Paula Bronstein/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2011 às 08h51.
Bangcoc - As autoridades da Tailândia continuam nesta sexta-feira seus esforços para conseguir ações que contenham o aumento do nível de água em Bangcoc, onde uma pessoa foi atacada por um crocodilo.
A elevação do nível de água procedente das províncias ao norte da capital levou hoje o governador da capital tailandesa, Sukhumband Paribatra, a emitir uma ordem de retirada do distrito de Chatuchak, próximo ao centro comercial e financeiro de Bangcoc.
A estratégia das autoridades de impedir que a região central da cidade alague provocou, até o momento, a inundação da maioria dos distritos das regiões oeste e norte da capital, que possui cerca de 12 milhões de habitantes. Segundo dados oficiais, cerca de 20% da superfície da cidade está inundada.
Além do risco de doenças por contato com a água cada vez mais suja, os moradores de algumas áreas atingidas enfrentam o perigo de serem atacados por cobras e crocodilos.
Várias equipes que trabalham com criação desses animais tentam caçar os mais de 100 répteis que escaparam nas últimas semanas de vários criadouros comerciais dos arredores de Bangcoc. Um deles atacou na quinta-feira um homem que carregava alimentos em um bote nas proximidades da capital, informou o jornal 'Thai Rath'.
O ataque do crocodilo foi confirmado em entrevista coletiva por Jate Sopitpogstorn, porta-voz da administração local, que destacou que a situação da vítima era estável após ter levado mais de 100 pontos em várias partes do corpo.
O serviço veterinário também tenta caçar 15 serpentes africanas da espécie 'mamba', uma das mais venenosas do mundo, que supostamente escaparam de um edifício inundado na província de Nonthaburi, próxima à capital.
Estas enchentes, consideradas as piores já registradas na Tailândia em 50 anos, deixaram pelo menos 442 mortos e mais de 2 milhões de vítimas, além de terem obrigado cerca de 150 mil pessoas a se alojar em abrigos improvisados.
O desastre começou em julho com o transbordamento de rios e pântanos do norte e da região central devido às fortes chuvas de monção e três tempestades tropicais seguidas.