O presidente russo, Vladimir Putin, em uma reunião em Sochi: ele pediu aos governos que assumiram na Primavera Árabe aceitem a responsabilidade na segurança (©AFP / Alexey Druzhinin)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2012 às 19h09.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitou veementemente nesta quinta-feira as críticas ocidentais à prisão de três integrantes da banda punk feminina Pussy Riot, alegando que elas mereceram a punição por terem ameaçado os fundamentos morais da Rússia.
Em jantar de duas horas com "russólogos" estrangeiros, Putin se preocupou em explicar cuidadosamente como o seu país está tentando melhorar o ambiente para negócios e diversificar sua economia, com especial ênfase nos setores tecnológicos, a fim de reduzir a dependência de gás e petróleo.
Ele se disse "dividido" sobre a estatização da terceira maior empresa petroleira privada do país, a TNK-BP, ocorrida na semana passada por 55 bilhões de dólares. O lado ruim, disse o presidente, é que a aquisição amplia o domínio da estatal Rosneft sobre o setor energético.
Mas ele disse que optou por ajudar a BP e acabar com as "brigas de soco" entre a empresa britânica e seus quatro sócios de origem soviética.
"Tentamos não nos envolver, mas quando os gestores da BP vieram até mim e o governo e disseram que queriam cooperar com a Rosneft, não pudemos dizer não", disse Putin.
A Rosneft é dirigida por um antigo aliado de Putin, Igor Sechin, e o acordo dará à BP uma participação de quase 20 por cento.