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Bancos suíços podem ter multas ainda maiores nos EUA

Bancos do país foram surpreendidos na semana passada após o Credit Suisse concordar em se declarar culpado de ajudar americanos ricos a sonegar impostos


	Credit Suisse: treze outros bancos passaram a calcular possível colapso ou penas mais duras do que esperado
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Credit Suisse: treze outros bancos passaram a calcular possível colapso ou penas mais duras do que esperado (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 15h01.

Zurich/Washington - Os bancos suíços sob investigação por supostamente facilitar evasão fiscal nos Estados Unidos enfrentam a perspectiva de multas maiores do que se esperava que poderiam atingir seus níveis de capital e forçar alguns a cortar dividendos.

Bancos do país alpino foram surpreendidos na semana passada após o Credit Suisse concordar em se declarar culpado de ajudar americanos ricos a sonegar impostos e pagar uma multa de 2,6 bilhões de dólares, mais que o dobro da quantia reservada para o assunto.

Treze outros bancos passaram a calcular possível colapso ou penas mais duras do que esperado após a investigação de três anos do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ).

O tamanho exato de suas operações nos Estados Unidos não é conhecido publicamente e alguns são claramente muito menores do que outros, o que inviabiliza usar a multa do Credit Suisse como indicador para os outros envolvidos no caso.

Mas o resultado incerto da investigação e a falta de detalhes sobre como a pena do Credit Suisse foi calculada deixou os analistas com pouca opção a não ser ampliar suas estimativas mais pessimistas para multas futuras.

Os bancos têm níveis de capital bem acima dos mínimos regulamentares, mas esses índices cairiam entre 0,3 e 2,6 pontos percentuais, caso paguem multas maiores do que os 200 milhões de dólares provisionados, sugerem cálculos da Reuters.

Nem todos os nomes dos bancos sendo investigados foram divulgados, mas incluem Julius Baer, Basler Kantonalbank, Zuercher Kantonalbank (ZKB) e os braços suíças do Lichtenstein e do HSBC.

O Wegelin, mais antigo banco privado suíço, disse em janeiro de 2013 que fecharia suas portas permanentemente após mais de 250 anos, em meio a uma confissão de culpa de ajudar americanos ricos a sonegar impostos através de contas secretas.

O Frey & Co disse que vai fechar em outubro, citando "custos insustentáveis​​" decorrentes da disputa evasão fiscal com os EUA.

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