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Bancos privados alemães pedem que se aceite quebra da Grécia

Regras que forcem credores a fazer reserva de capital em seus balanços foi outro pedido aos políticos da zona do euro

Andreas Schimtz, chefe do grupo de lobby alemão BdB, diz que Grécia não é capaz de pagar sua dívida (Louisa Gouliamaki/AFP)

Andreas Schimtz, chefe do grupo de lobby alemão BdB, diz que Grécia não é capaz de pagar sua dívida (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2011 às 15h04.

Frankfurt - Bancos privados da Alemanha pediram aos políticos da zona do euro que aceitem que a Grécia é insolvente e também pediram por regras que forcem credores a fazer reserva de capital em seus balanços para bônus governamentais, disse uma revista.

"A Grécia não é capaz de pagar sua dívida pelo decorrer de várias gerações", disse Andreas Schimtz, chefe do grupo de lobby alemão BdB, que representa os bancos, à revista WirtschaftsWoche.

Schmitz pediu mudanças nas regras de regulação de Basileia III, que determina a quantidade de reserva de capital que os bancos devem separar para os chamados ativos de risco.

Sob as regras de Basileia II e da União Europeia, todas as dívidas soberanas da zona do euro têm risco zero, o que deu um forte incentivo para que bancos comprassem e mantivessem bônus de governos.

"A situação atual mostra que zero (risco) contábil não reflete a realidade", disse.

"Os políticos não estão atacando a questão, já que ela lhes diz respeito", acrescentou, dizendo que essa regra ajudou os governos a vender seus papéis de dívida ao mercado.

Schmitz se opôs a uma recapitalização forçada dos bancos alemães, porque isso traria mais incerteza aos mercados.

"A recapitalização compulsória não soluciona a crise política de confiança", afirmou.

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