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Bancos espanhóis irão assumir perdas por resgates financeiros

O governo espanhol aprovou nesta sexta-feira a unificação dos fundos de garantia de depósitos de bancos, caixas e cooperativas

Zapatero ao lado de José Blanco, porta-voz do governo que insistiu que o objetivo da medida é fazer com que o novo fundo assuma 'qualquer possível custo da reestruturação' (Javier Soriano/AFP)

Zapatero ao lado de José Blanco, porta-voz do governo que insistiu que o objetivo da medida é fazer com que o novo fundo assuma 'qualquer possível custo da reestruturação' (Javier Soriano/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 12h13.

Madri - O governo espanhol aprovou nesta sexta-feira a unificação dos fundos de garantia de depósitos de bancos, caixas e cooperativas para que o setor financeiro nacional assuma as possíveis perdas do Estado no resgate das caixas econômicas espanholas, e não os contribuintes.

Em entrevista coletiva, o porta-voz do Governo e ministro do Desenvolvimento, José Blanco, insistiu que o objetivo da medida é fazer com que o novo fundo assuma 'qualquer possível custo dessa reestruturação'.

A criação de um fundo de garantia unificado, que contará com patrimônio de 6,593 bilhões de euros, acaba penalizando os bancos, que deverão assumir o custo do saneamento das caixas econômicas.

Por sua vez, a vice-presidente e ministra da Economia, Elena Salgado, afirmou que a medida aprovada nesta sexta pelo Executivo procura defender o depositante e garantir o funcionamento do sistema.

Elena também abordou a tensão financeira global e, em particular, a que afeta a Europa, além do rebaixamento da dívida soberana espanhola aplicada pela agência de classificação de riscos Standard & Poors.

A agência americana anunciou um rebaixamento da classificação da dívida soberana espanhola de longo prazo de 'AA' para 'AA-', com perspectiva negativa, devido ao lento crescimento, às condições fiscais ajustadas e à alta dívida do setor privado. Segundo Elena, se os bancos tivessem que ser recapitalizados com dinheiro público, o relatório da S&P concordaria que a dívida seria mantida em níveis relativamente reduzidos.

Além disso, a ministra da Economia declarou que a agência avalia e considera propícia a mudança constitucional, que estabeleceu um compromisso de reduzir o déficit das administrações públicas e as reformas estruturais. EFE

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