BIS fomenta a cooperação monetária e financeira internacional e atua como banco para os bancos centrais que são seus clientes (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2011 às 16h49.
Frankfurt - Os bancos centrais dos países do Grupo dos Dez (G10), os países mais industrializados do mundo) analisam as pressões inflacionárias, pela forte alta do preço do petróleo e dos alimentos, depois que o Banco Central Europeu (BCE) anunciasse um possível aumento das taxas de juros em abril.
Os bancos centrais internacionais reúnem-se neste domingo e na segunda-feira na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que se encontra na cidade suíça de Basileia, para analisar a situação da economia global.
Os bancos centrais do G10 - Alemanha, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, o Reino Unido, Suécia e Suíça - e outros países industrializados e economias emergentes abordarão o recente encarecimento do petróleo pelas revoltas populares em vários países árabes, que se intensificaram com a rebelião na Líbia.
Além disso, o preço dos alimentos alcançou no mês passado níveis recordes.
A alta do custo da energia e dos alimentos criou pressões inflacionárias que já levaram à entidade monetária europeia a situar-se em posição de alerta para cumprir com seu principal mandato, que é garantir a estabilidade de preços a médio prazo.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, anunciou na quinta-feira passada que é possível uma alta das taxas de juros para a zona do euro, atualmente em 1%, em abril.
As taxas de juros nos EUA se situam entre 0% e 0,25%, no Japão também estão ao redor do 0% e no Reino Unido no 0,5%.
Trichet, porta-voz dos governadores dos bancos centrais do G10, explicará amanhã, segunda-feira, em entrevista coletiva as principais preocupações do resto de entidades monetárias do mundo.
O BIS, que foi fundado no dia 17 de maio de 1930 e reúne-se em caráter bimestral, fomenta a cooperação monetária e financeira internacional e atua como banco para os bancos centrais que são seus clientes.