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Banco da Itália adverte sobre 'efeitos sistêmicos' da crise da dívida

O futuro presidente do Banco Central Europeu reafirmou seu compromisso com a estabilidade dos preços

Mario Draghi: zona do euro se encontra diante da sua "prova mais difícil desde sua criação" (Tiziana Fabi/AFP)

Mario Draghi: zona do euro se encontra diante da sua "prova mais difícil desde sua criação" (Tiziana Fabi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 14h03.

Roma - O diretor do Banco da Itália e futuro presidente do Banco Central Europeu (BCE) advertiu nesta terça-feira que a crise da dívida na zona do euro pode ter "efeitos sistêmicos importantes" e reafirmou seu compromisso com a estabilidade dos preços.

"A crise da dívida em três países que representam 6% do PIB da zona do euro pode gerar efeitos sistêmicos importantes", afirmou Mario Draghi, sem citar o nome dos países, que se tratam da Grécia, Irlanda e Portugal.

A zona do euro se encontra diante da sua "prova mais difícil desde sua criação", opinou Draghi durante a assembleia anual do Banco da Itália, em Roma.

De acordo com ele, a "vigilância das políticas orçamentárias nacionais, enfraquecida em meados da década passada por iniciativa dos três maiores países, apresentou carências justamente no momento em que se mostra essencial". Se as regras do pacto de estabilidade tivessem sido respeitadas ao pé da letra, a relação dívida pública/PIB seria inferior em 10 pontos na Zona do Euro e em 30 na Grécia, calculou Draghi.

Os ministros das Finanças da zona do euro designaram Draghi em meados de maio para suceder o francês Jean-Claude Trichet a frente do BCE. No entanto, ele só será formalmente nomeado em meados de junho pelos chefes de Estado e Governo da União Europeia (UE).

O futuro presidente do BCE estimou que os ricos da inflação estão aumentando e garantiu que a política monetária segue "acomodada" na Zona do Euro, mesmo depois da subida da taxa básica para 1,25%.

"O BCE tem a tarefa de garantir a estabilidade dos preços a médio prazo", disse Draghi.

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