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Banco da Grécia: reestruturação não é necessária nem desejável

Diretor do BC grego disse que falta novo impulso para recuperar atrasos e lançar uma política de reformas

Yorgos Provopoulos, diretor do BC grego: PIB do país deve cair 3% em 2011 (Louisa Gouliamaki/AFP)

Yorgos Provopoulos, diretor do BC grego: PIB do país deve cair 3% em 2011 (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 09h29.

Atenas - As reformas estruturais na Grécia estão "por trás da evolução da dívida", considerou nesta segunda-feira o diretor do banco central grego, Yorgos Provopoulos, indicando que a reestruturação da dívida pública não é "nem necessária nem desejável".

"Atualmente, a economia está em um ponto limite; a adaptação das finanças públicas alcançou progressos, mas continua atrás da evolução da dívida", disse Provopoulos em Atenas, ao apresentar seu relatório anual sobre a economia grega.

O governador do banco central disse que faz falta um novo impulso "para recuperar os atrasos e lançar uma política de reformas", acrescentando que o governo deve mostrar "determinação" para empreender reformas estruturais e dar continuidade ao programa de privatizações.

Quanto à possibilidade de uma reestruturação da dívida, objeto de muita especulação no país, o diretor declarou que "o Banco da Grécia vem explicando desde outubro que uma reestruturação não é nem necessária nem desejável, porque teria consequências catastróficas tanto para o governo quanto para os investidores privados, que não poderão ter acesso aos mercados" para se financiar.

O governo socialista grego já está aplicando um plano draconiano de austeridade, imposto como condição para o resgate de 110 bilhões de euros que obteve no ano passado da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Provopoulos prognosticou para este ano uma recessão de pelo menos 3% do PIB, e não descartou uma queda ainda maior.

Ainda de acordo com os cálculos do diretor do BC grego, a taxa de desemprego no país, que já está em seu patamar mais alto em uma década, deve superar os 15%.

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