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Banco Central chinês alerta para pressão inflacionária

Pequim - O Banco Central da China disse nesta quinta-feira que precisa fortalecer a gestão das expectativas de inflação, à medida que os custos mais altos da mão de obra local e a ampla liquidez global deverão intensificar as pressões inflacionárias, enquanto a expansão da economia do país deverá continuar a se desacelerar. O Banco […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Pequim - O Banco Central da China disse nesta quinta-feira que precisa fortalecer a gestão das expectativas de inflação, à medida que os custos mais altos da mão de obra local e a ampla liquidez global deverão intensificar as pressões inflacionárias, enquanto a expansão da economia do país deverá continuar a se desacelerar.

O Banco do Povo da China (PBoC) fez essas declarações em seu relatório sobre a inflação no segundo trimestre, divulgado dias antes de Pequim anunciar os índices de inflação de julho.

"Atualmente, o risco das expectativas de inflação e o risco dos preços não podem ser negligenciados", diz o relatório, que evidencia o dilema do PBoC diante de uma recuperação frágil da economia global e das várias incertezas que cercam a economia chinesa. O documento destaca que os preços globais das commodities e as pressões inflacionárias nos países emergentes estão subindo por causa da crise da dívida soberana de alguns países da zona do euro.

"O PBoC vai promover um crescimento apropriado na oferta de moeda e de crédito, tanto para satisfazer necessidades razoáveis de financiamento para o desenvolvimento econômico como para criar um ambiente saudável de oferta de dinheiro para a estabilidade básica dos preços, de modo a gerir apropriadamente as expectativas de inflação", diz o relatório.

No último domingo, o PBoC havia anunciado que não mudaria a meta anual de novos empréstimos para 2010, de 7,5 trilhões de yuan (US$ 1,12 trilhão), apesar da desaceleração da economia.

Na próxima quarta-feira, a China deverá anunciar o índice de preços ao consumidor de julho. Economistas consultados pela Dow Jones preveem uma alta anual de 3,4%, acima dos 2,9% de junho e da meta para o ano, que é de 3%.

No relatório divulgado nesta quinta-feira, o PBoC reitera que vai manter a política monetária moderadamente frouxa e tornar sua política mais focada e flexível. A instituição também diz que vai fazer uso de várias ferramentas de política monetária e gerir de maneira apropriada as relações entre a manutenção de um crescimento econômico estável e relativamente rápido, a reestruturação da economia e a administração das expectativas de inflação, o que "ainda é uma tarefa difícil".

O texto também afirma que a China vai continuar a registrar superávits em seu balanço de pagamentos e que os fluxos cambiais positivos serão mantidos "em uma certa escala", mas ressalva que "os riscos de um fluxo negativo maciço de recursos não pode ser descartado". "O PBoC vai fortalecer a supervisão e a gestão do capital especulativo de curto prazo e prevenir que fluxos de grande escala de dinheiro tenham impacto no sistema financeiro doméstico", acrescenta o relatório. As informações são da Dow Jones.

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