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Banco Central argentino deve elevar intervenção para frear alta do dólar

Segundo o jornal La Nación, a partir desta segunda-feira, 2, a instituição começará a intervir de forma mais agressiva no mercado de câmbio

O objetivo da intervenção mais agressiva é controlar a alta do dólar (Diego Giudice/Bloomberg)

O objetivo da intervenção mais agressiva é controlar a alta do dólar (Diego Giudice/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2019 às 12h12.

A partir desta segunda-feira, 2, o Banco Central da República Argentina (BCRA) começará a intervir de forma mais agressiva no mercado de câmbio para tentar conter a alta do dólar, segundo o jornal La Nación.

De acordo com publicação, o governo de Mauricio Macri decidiu recorrer a uma velha receita que já deu resultados no passado, ainda que por um curto período. A expectativa é de que o presidente do banco central argentino, Guido Sandleris, utilize um esquema semelhante ao adotado por Federico Sturzenegger há pouco mais de um ano, quando, em meio a uma depreciação do peso e alguns dias antes de firmar acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), foi possível fixar o valor da moeda americana com uma oferta diária de 5 bilhões de dólares. A medida, que durou 20 dias, foi efetiva.

Nesta semana, o governo argentino também buscará recuperar a paz no mercado de câmbio mostrando um diálogo com a oposição no Congresso, disseram fontes oficiais ao La Nación.

A procura por dólares no país se intensificou na semana passada, após o governo de Mauricio Macri anunciar que não pagará a maior parte de sua dívida de curto prazo na data de vencimento, adiando uma parcela para daqui a seis meses.

Isso significa que a conta poderá ficar nas mãos de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, que formam a chapa da oposição e saíram vencedores nas eleições primárias para a presidência do país, em 11 de agosto. A eleição final será em 27 de outubro.

Na sexta-feira, 30, o BC argentino leiloou mais de 387 milhões de dólares de suas reservas internacionais na tentativa de segurar a desvalorização do peso. Se mantiver esse ritmo, as reservas do país se esgotarão em menos de dois meses, ou antes das eleições presidenciais. Apesar de afirmar possuir 57 bilhões de dólares em reservas, pouco menos de 13 bilhões são líquidos.

Também na sexta-feira, o BCRA anunciou que, a partir de agora, bancos que operam no país terão de pedir autorização para distribuir seus resultados. A medida inviabiliza a remessa de lucros de bancos internacionais para suas sedes.

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