Mundo

Ban pede a Assad que responda às propostas de Kofi Annan

Ban fez um apelo para que Assad cesse a violência, permita o acesso humanitário e inicie o diálogo com a oposição

Ban Ki-moon: "Somo minha voz à de Annan e exorto a Assad que atue com rapidez em resposta às propostas que o enviado especial conjunto apresentou" (Bradley Ambrose/AFP)

Ban Ki-moon: "Somo minha voz à de Annan e exorto a Assad que atue com rapidez em resposta às propostas que o enviado especial conjunto apresentou" (Bradley Ambrose/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h37.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira ao presidente sírio, Bashar Al Assad, que responda 'com rapidez e nos próximos dias' às propostas apresentadas pelo enviado conjunto do organismo internacional e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan.

Ban fez um apelo para que Assad cesse a violência, permita o acesso humanitário e inicie o diálogo com a oposição, enquanto pediu ao Conselho de Segurança que se mostre 'solidamente unido' para pedir o fim da violência e apoiar o papel de Annan para ajudar a Síria a sair de 'uma situação catastrófica'.

'Somo minha voz à de Annan e exorto a Assad que atue com rapidez em resposta às propostas que o enviado especial conjunto apresentou', disse o principal responsável da ONU no debate organizado no Conselho de Segurança sobre a Primavera Árabe.

Segundo Ban, Annan manteve 'um debate franco e completo com Assad' e lhe pediu que adote 'medidas imediatas para acabar com a violência e os abusos, resolva a crise humanitária e embarque em um processo pacífico e sem exclusões que responda às aspirações do povo'.

O secretário-geral relatou as duas reuniões mantidas durante o fim de semana entre Annan e Assad, e lembrou que 'o governo sírio fracassou ao proteger seu povo, submetendo seus cidadãos a um ataque militar e ao uso desproporcional da força'.


'Essas operações infames continuam', disse Ban, que destacou que as ações do regime sírio são 'graves violações sistemáticas e estendidas dos direitos humanos que representam crimes contra a humanidade'.

'Neste momento crucial, é essencial que o Conselho fale em uníssono e espero que encontre o caminho que o permita alcançar uma resolução de consenso que envie um sinal firme', declarou o diplomata sul-coreano, fazendo um chamado à ação ao principal órgão internacional de segurança.

Ban fez seu discurso diante dos máximos responsáveis da diplomacia internacional, que participam nesta segunda-feira de um debate no Conselho de Segurança sobre a Primavera Árabe, mas que neste momento está focado na Síria.

Participam das discussões a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, assim como os chanceleres francês, Alain Juppé, e britânico, William Hague, além de vários representantes de países árabes. 

Acompanhe tudo sobre:Conselho de Segurança da ONUONUSíria

Mais de Mundo

Em Nova York, Milei se encontra pela 3ª vez com Musk

Evo Morales lidera marcha contra presidente da Bolívia em meio a tensões políticas

Ataque de Israel ao Líbano é revoltante e há risco de guerra total, diz Celso Amorim

Superiate naufragado na Itália pode guardar 'dados confidenciais' e senhas de governos nos cofres