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Ban ki-moon: inação da ONU na Síria é licença para massacres

Ban Ki-moon fez esta declaração após o massacre de Treimsa

Ban Ki-moon: O secretário-geral da ONU condenou o massacre na Síria e criticou a "inação" da ONU (©AFP / Kim Kyung-Hoon)

Ban Ki-moon: O secretário-geral da ONU condenou o massacre na Síria e criticou a "inação" da ONU (©AFP / Kim Kyung-Hoon)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 18h46.

Nova York - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou nesta sexta-feira que mais um fracasso do Conselho de Segurança para pressionar o presidente da Síria, Bashar al-Assad, significará "uma licença para massacrar".

Ban Ki-moon fez esta declaração após o massacre de Treimsa, e pediu que o Conselho de Segurança "envie uma mensagem forte a todos para dizer que haverá consequências" se o plano de paz do emissário da ONU e da Liga Árabe não for respeitado.

"Faço um apelo a todos os Estados membros para que tomem uma decisão coletiva e decisiva para exigir o fim imediato da tragédia na Síria. Esta inação acaba se tornando uma licença para massacrar", declarou o secretário-geral da ONU num comunicado.

De acordo com Ban-Ki-Moon, o "massacre horrível" de Treimsa, que deixou 150 vítimas, revela "sérias dúvidas" sobre a vontade de Bashar al-Assad de respeitar o plano de paz.

O secretário-geral condenou "o uso cego da artilharia pesada e os bombardeios em áreas civis no massacre de quinta-feira."

Esse massacre é uma violação do plano de paz de Kofi Annan e das resoluções do Conselho de Segurança, prosseguiu Ban Ki-moon.

Os 15 Estados membros do Conselho retomaram nesta sexta-feira suas discussões relacionadas a um projeto de resolução sobre a Síria, com dois textos concorrentes. Um deles, apresentado pelos ocidentais, ameaça Damasco com sanções econômicas se as forças do governo sírio não suspenderem seus ataques com armas pesadas. O outro, assinado pelos russos, não menciona essa possibilidade de sanções. As negociações estão praticamente estagnadas, segundo diplomatas.

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