Ban Ki-Moon: "Mais uma vez, peço a todas as partes, e em particular aos membros do Conselho de Segurança, que mostrem solidariedade" (Menahem Kahana/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2015 às 15h02.
Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou nesta quarta-feira que armar as partes do conflito sírio apenas piorará a situação no país, por isso pediu às potências internacionais "unidade" para chegar a uma solução política para o conflito.
"Estou preocupado com o fornecimento de armas", disse Ban, ao questionado em entrevista coletiva sobre a assistência militar da Rússia ao regime de Bashar al Assad.
Segundo o chefe das Nações Unidas, esse tipo de medidas "apenas contibuirão para piorar e deteriorar a situação".
"Mais uma vez, peço a todas as partes, e em particular aos membros do Conselho de Segurança, que mostrem solidariedade", disse Ban, que pediu que o principal órgão de decisão da ONU trabalhe em uma solução política.
O dirigente antecipou que deve se reunir neste mês com os ministros de Relações Exteriores dos países com assento permanente no Conselho (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) para discutir a estratégia rumo a uma regulação diplomática para a guerra.
Ban voltou a criticar a incapacidade dos membros do Conselho de Segurança para entrar em acordo sobre a Síria e disse que a união demonstrada a respeito do acordo nuclear com o Irã deveria se repetir para terminar com o conflito.
O secretário-geral insistiu mais uma vez que "todo mundo já deveria saber que não há uma solução militar" para o conflito e que só será possível encerrá-lo por meio de um "diálogo inclusivo".
O diplomata coreano lembrou que o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, continua a trabalhar para pôr em funcionamento vários grupos de trabalho que permitam às partes abordar os principais problemas no país e, a partir disso, avançar a um diálogo político.
"Os combatentes estão desafiando todas as regras de humanidade. Meu enviado especial continua seus esforços, mas a responsabilidade de terminar com este horror é das partes e forças exteriores que alimentam a luta", assinalou.