Mundo

Ban Ki-moon apela para pausa humanitária em Gaza

Pausa aconteceria até a semana que vem, perído em que se comemora o fim do Eid Ul Fitr, celebração muçulmana que marca o fim do Ramadã


	Muçulmanos durante Ramadã: pausa humanitária seria até o fim do período de jejum dos muçulmanos
 (Murad Sezer/Reuters)

Muçulmanos durante Ramadã: pausa humanitária seria até o fim do período de jejum dos muçulmanos (Murad Sezer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 14h03.

Cairo - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou hoje (25) para uma pausa humanitária imediata na Faixa de Gaza até a próxima semana, perído em que se comemora o fim do Eid Ul Fitr - celebração muçulmana que marca o fim do Ramadã, o mês em que os muçulmanos praticam o jejum ritual, um dos pilares do Islamismo.

“Nesta última sexta-feira do Ramadã, apelo a uma pausa humanitária imediata e incondicional nos combates em Gaza e em Israel”, disse Ki-moon. Esta pausa “Deverá prolongar-se por todo o período das festas do Eid Eid Ul Fitr”, declarou num comunicado divulgado pela ONU.

O apelo do secretário-geral acontece depois de vários encontros com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e representantes egípcios, com o objetivo de terminar com 18 dias de conflitos que já mataram mais de 800 palestinos, a maioria civis.

Segundo Ki-moon, a suspensão do ataque israelense na Faixa de Gaza pode levar a um plano de cessar-fogo de longo prazo. “Creio que todas as partes poderão aceitar silenciar as suas armas neste período sagrado de celebração e reflexão. Acredito que todos poderão aceitar o fim das violências e das mortes pelo menos neste breve período de tempo”, acrescentou.

Em sua declaração, o líder da ONU afirma que “a pausa humanitária pode e deve começar a ser cumprida imediatamente, sem condições, sem desculpas, sem atrasos”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também pediu hoje que se abra um corredor humanitário na Faixa de Gaza para evacuar os feridos e levar suprimentos médicos que ajudarão a salvar vidas. De acordo com a OMS, hospitais e ambulâncias ficaram danificados ou destruídos no território ocupado, reduzindo drasticamente a capacidade do sistema de saúde local atender ao crescente número de feridos.

Além dos 800 mortos em Faza, a OMS contabiliza mais de 5 mil feridos, sendo aproximadamente 1,5 mil crianças. “A pressão e insuficiência nas instalações de saúde em Gaza, somadas ao desafio de adquirir material médico nesses centros e a insegurança cada dia maior, aumenta o número de pessoas que precisam de melhores cuidados médicos”, disse o porta-voz da OMS em Genebra, Paul Garwood.

*Com informações da Agência Lusa

Acompanhe tudo sobre:Faixa de GazaHotéisHotelariaMuçulmanosONUPalestina

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia