O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon: o secretário-geral voltou a pedir "a todas as partes" a cessação da violência e buscar uma solução política ao conflito. (REUTERS/Larry Downing)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2013 às 16h03.
Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou nesta segunda-feira o que chamou de "ataque terrorista" em Damasco do que saiu ileso o primeiro-ministro sírio, Wael al Halqi, que deixou vários mortos e feridos.
"O secretário-geral condena o ataque terrorista contra o comboio do primeiro-ministro (...) e expressa suas sinceras condolências aos familiares das vítimas e deseja uma rápida recuperação aos feridos", disse o escritório do porta-voz da ONU.
Ban, que condena de forma "persistente" qualquer ato de terrorismo e lembra que atentar contra civis é "inaceitável", reiterou hoje sua "grave preocupação" pela contínuo aumento de violência na Síria.
"A população civil segue morrendo ou resultando ferida / ferimento, ou são detidos ou sequestrados a cada dia, incluídos os dois proeminentes clérigos religiosos sequestrados recentemente no norte da Síria", acrescentou o escritório do porta-voz.
O secretário-geral voltou a pedir "a todas as partes" a cessação da violência e buscar uma solução política ao conflito, assim como o fim da provisão de armas porque "Síria não precisa de uma maior militarização mas diálogo e reconciliação".
O primeiro-ministro sírio, Wael al Halqi, saiu hoje ileso de um atentado contra seu comboio no centro de Damasco, onde pelo menos seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas e que ele mesmo qualificou de "ataque terrorista".
O comboio em que foi transferido o chefe do governo passava pelo bairro de Al Meze, perto do jardim de Ibn Rushd (Averroes), quando foi surpreendido pela explosão, que deixou seis mortos e 15 feridos, segundo o último balanço oficial.
O presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman, disse à Agência Efe por telefone que entre as vítimas mortais no ataque, perpetrado com um carro-bomba, há um acompanhante de Al Halqi.
O atentado de hoje não é o primeiro contra altos cargos do regime na capital, já que em 18 de julho do ano passado, uma brigada rebelde atacou a sede da Segurança Nacional em Damasco em um ataque em que a cúpula de Defesa ficou sem líder.
A Síria vive há mais de dois anos uma situação de guerra civil que deixou mais de 70 mil pessoas, além de milhões de deslocados internos e refugiados, segundo dados da ONU, que definiu em 6,8 milhões o número de pessoas que precisam de assistência.