A Coreia do Norte enviou ao Sul balões carregados de lixo, que acabaram caindo sobre o complexo presidencial em Seul, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira, 24, por autoridades de segurança.
É a décima vez, este ano, que Pyongyang lança balões carregados de resíduos em direção à Coreia do Sul, a priori em resposta à propaganda emitida por Seul contra o regime de Kim Jong-un.
Mas pela primeira vez esses carregamentos peculiares chegaram ao gabinete presidencial, geralmente guardado por numerosos soldados e protegido por uma zona de exclusão aérea.
"Equipes de resposta química, biológica e radiológica coletaram com segurança os balões de lixo", informou o serviço de segurança presidencial.
“Após investigação, os resultados confirmaram que não havia perigo ou infecção nos objetos”, acrescentou.
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NORTH KOREA - 2008: Propaganda Poster With Kim Il Sung in North Korea - A very famous poster that can be seen everywhere around the country with former President Kim Il Sung, aka the Eternal Sun. As the leader of North Korea from its founding in early 1948 until his death, when he was succeeded by his son Kim Jong-il. He was also the General Secretary of the Workers Party of Korea. He is designated in the constitution as the country's Eternal President. (Photo by Eric LAFFORGUE/Gamma-Rapho via Getty Images)
(O avô de Kim Jong-un, chamado Kim Il-Sung, comandou uma revolução para implantar o comunismo na Coreia, em 1948. Isso levou a Península à uma guerra civil, que terminou na divisão do território em duas partes. Kim governou a Coreia do Norte até sua morte, em 1994.)
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PYONGYANG, NORTH KOREA - SEPTEMBER 09: North korean people army soldiers passing in front of kim il sung and kim jong il giant portraits on kim il sung square, pyongyang, North Korea on September 9, 2012 in Pyongyang, North Korea.
(Kim Jong-il, filho de Kim Il-Sung, assumiu o governo da Coreia do Norte em 1994 e ficou no poder até sua morte, em 2011)
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(Seguindo a tradição familiar, Kim Jong-un assumiu o cargo de líder supremo do país em 2011, aos 29 anos.)
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O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un
(O governo da Coreia do Norte divulga fotos de Kim em cenas curiosas, como andando a cavalo na neve)
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Um homem assiste a um monitor de televisão exibindo imagens do líder norte-coreano, Kim Jong Un, na estação ferroviária de Seul, em 31 de maio de 2023.
(No cargo, Kim buscou acelerar o programa nuclear da Coreia do Norte e fazer ameaças ao Ocidente, com testes frequentes de lançamentos de mísseis)
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O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em um novo tanque de combate durante manobras militares em 13 de março de 2024, em foto divulgada pela agência estatal KCNA
(A Coreia do Norte é considerada pelos EUA como um dos países mais perigosos do mundo, pelo risco de uso de armas de longo alcance)
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Donald Trump e Kim Jong-un na fronteira da Coreia do Norte com a Coreia do Sul.
(Em 2019, Kim teve reuniões com Donald Trump, então presidente dos EUA. Trump chegou a visitar a zona desmilitarizada entre as Coreias, o que esfriou as tensões entre os dois países)
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In this pool photograph distributed by the Russian state agency Sputnik, Russian President Vladimir Putin (L) shakes hands with North Korea's leader Kim Jong Un (R) after a signing ceremony following their bilateral talks at Kumsusan state residence in Pyongyang, on June 19, 2024. (Photo by Kristina Kormilitsyna / POOL / AFP) / -- Editor's note : this image is distributed by the Russian state owned agency Sputnik -
(Kim é aliado da Rússia, país com quem faz fronteira, e o presidente russo Vladimir Putin visitou o país em junho de 2024)
"Guerra silenciosa"
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul já havia relatado um novo carregamento de balões do Norte, e as autoridades de Seul emitiram um alerta na manhã de quarta-feira (hora local).
“Se você encontrar um balão caído, não toque nele e avise a unidade militar ou delegacia de polícia mais próxima”, alertou um comunicado público.
Em resposta aos milhares de balões enviados por Pyongyang desde maio, a Coreia do Sul retomou as transmissões de propaganda em “capacidade total” através de alto-falantes colocados na fronteira e direcionados para o Norte.
Essa prática, que remonta décadas à Guerra da Coreia, enfurece Pyongyang, que já tinha ameaçado lançar ataques aéreos contra esses equipamentos.