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Bálcãs avaliam danos das inundações mais graves em um século

Sérvia e Bósnia temiam novas cheias, ao mesmo tempo que começavam a avaliar a magnitude dos danos provocados pelas inundações mais graves do último século


	Casas praticamente submersas nos Balcãs: enchentes provocaram 49 mortes
 (REUTERS)

Casas praticamente submersas nos Balcãs: enchentes provocaram 49 mortes (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 08h56.

Belgrado - Sérvia e Bósnia temiam nesta quarta-feira novas cheias do rio Sava, ao mesmo tempo que começavam a avaliar a magnitude dos danos provocados pelas inundações mais graves do último século, que afetaram mais de 1,6 milhão de pessoas e provocaram 49 mortes.

O rio Sava, que desemboca no Danúbio em Belgrado, permanecia em nível elevado e milhares de voluntários trabalhavam nas cidades da Sérvia para reforçar os diques de contenção.

"Esperamos níveis máximos nesta quarta-feira e na sexta-feira. Se isto acontecer, poderemos afirmar que protegemos Belgrado", declarou o prefeito da capital sérvia, Sinisa Mali.

Na região nordeste da vizinha Bósnia, a situação era ainda mais complicada, especialmente na zona de Orasje, uma cidade na qual os voluntários instalaram um muro com sacos de areia de seis quilômetros de comprimento ao longo do Sava.

"O Sava ainda é uma ameaça. Os danos são tão grandes que a região vai demorar 10 anos para recuperar-se", declarou Blaz Zuparic, funcionário da prefeitura de Orasje.

Várias localidades da região de Orasje estão completamente submersas, especialmente Kopanica, onde apenas os telhados das casas escaparam das águas.

"Agora apenas Deus pode nos ajudar a suportar. Além da catástrofe ecológica, a região passará por um segundo êxodo em 22 anos", declarou Zuparic, em referência ao deslocamento da população provocado pelo conflito étnico na Bósnia (1992-1995).

Nas cidades que registram uma redução do nível da água, os moradores lutam contra o tempo para limpar e desinfetar as ruas, com o objetivo de evitar epidemias.

Na Bósnia e na Sérvia se acumulam os cadáveres de vacas, ovelhas, porcos e outros animais domésticos, vítimas de afogamento e que estão em decomposição.

As condições climáticas mais clemente dos últimos dias, com temperaturas de 24 graus, permitiram o início do trabalho de limpeza das áreas afetadas.

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