A radioatividade encontrada no leite é originária de Fukushima (Jiji Press/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2011 às 15h59.
Washington - As autoridades americanas aumentaram a supervisão na produção de lácteos de todo o país após serem detectados baixos níveis de radiação da central de Fukushima, no Japão, em uma amostra de leite tomada em Spokane (Washington).
O Departamento de Saúde Pública da Califórnia também confirmou ter encontrado rastros de radiação no leite da cidade de San Luis Obispo, informou nesta quinta-feira a imprensa local.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) afirmou que os níveis do componente radioativo iodo 131 detectados são 5 mil vezes inferiores ao ponto que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) considera perigoso para a saúde.
"Este tipo de detecções são de se esperar nos próximos dias e são consideravelmente inferiores aos níveis de preocupação pública, inclusive para as crianças e bebês", declarou a EPA em comunicado.
A agência lembrou que o efeito radioativo do iodo 131 tem duração de aproximadamente oito dias e por isso espera-se que o nível detectado no leite e nos produtos lácteos "diminua relativamente rápido".
A radioatividade foi detectada no leite do estado de Washington (noroeste) em 25 de março, enquanto na Califórnia foi encontrada três dias depois.
Por conta dessa descoberta, a EPA reforçará seu programa RADNET, baseado na supervisão radiológica do leite, e soma este produto à água corrente e a armazenada da chuva, que requerem especial vigilância por sua exposição à contaminação do Japão.
Nesta segunda-feira, a agência informou que a chuva que cai em estados do nordeste do país, como Massachusetts, Pensilvânia e Virgínia, transporta pequenas quantidades de radiação, embora tenha descartado que represente risco para a saúde da população.
Também foram detectados vestígios de iodo radioativo no solo da Califórnia, Havaí, Washington, Colorado e Oregon.