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Bahrein deporta libaneses acusados de vínculo com Hezbollah

O ministério do Interior anunciou que "vários residentes libaneses foram deportados depois de se comprovar que têm vínculos ou são simpatizantes do Hezbollah"


	Hezbollah: a nota ameaçou tomar todas medidas jurídicas contra as pessoas e as organizações que pertençam ou apoiem o grupo xiita
 (AFP)

Hezbollah: a nota ameaçou tomar todas medidas jurídicas contra as pessoas e as organizações que pertençam ou apoiem o grupo xiita (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 15h01.

Beirute/Manama - As autoridades do Bahrein expulsaram nesta segunda-feira um número indeterminado de residentes libaneses que teriam vínculos com o grupo xiita Hezbollah, que foi qualificado este mês como terrorista pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e pela Liga Árabe.

O ministério do Interior anunciou em seu perfil oficial no Twitter que "vários residentes libaneses foram deportados depois de se comprovar que têm vínculos ou são simpatizantes do Hezbollah".

Além disso, indicou que esta decisão se baseia nas recentes decisões da Liga Árabe e do CCG de declarar o Hezbollah como grupo terrorista, e que as pessoas deportadas estão vinculadas ou apoiam a esta milícia.

Além disso, a nota ameaçou tomar todas medidas jurídicas contra as pessoas e as organizações que pertençam ou apoiem o grupo xiita libanês.

O governo também se comprometeu a aplicar esses procedimentos às pessoas que "postarem fotos, palavras de ordem e símbolos de simpatia (ao Hezbollah), e quem apoiá-lo através de investimentos e atividades comerciais, econômicas, financeiras e sob a fachada humanitária".

Nem as autoridades do Bahrein, nem as do Líbano disseram quantas pessoas foram afetadas pela medida, embora um ativista bareinita tenha afirmado à Agência Efe que entre 20 e 25 libaneses foram deportados.

Além disso, o jornal libanês "Al Akhbar", próximo ao Hezbollah, informou hoje que três famílias libanesas foram convocadas a um departamento de segurança no Bahrein, onde foram informadas que deviam sair do país, mesmo tendo os documentos regularizados.

"Chegamos ao centro de segurança e vimos filas de mulheres que tinham sido intimadas para serem interrogadas, a maioria delas pertencentes à comunidade xiita", afirmou uma delas ao jornal.

"Al Akhbar" revelou que alguns libaneses já chegaram a Beirute e que outros chegarão na quarta-feira, depois de a embaixada libanesa em Manama reconhecer que não podia fazer nada para evitar as expulsões.

O Conselho de Cooperação do Golfo, formado por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Omã e Bahrein, decidiu declarar o Hezbollah terrorista no último dia 2, pelas "contínuas ações hostis realizadas pelos membros destas milícias para recrutar jovens dos países do Golfo para lançar operações terroristas".

Os ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe adotaram a mesma medida, apesar das reservas do Líbano, na sexta-feira, quando acusaram a Guarda Revolucionária iraniana e o Hezbollah de tentarem desestabilizar o reino do Bahrein.

Em 6 de janeiro deste ano os serviços secretos do Bahrein anunciaram a desarticulação de uma célula vinculada com a Guarda Revolucionária iraniana e o Hezbollah que supostamente planejava ataques nesse país, de maioria xiita mas governado por uma monarquia sunita.

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