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Bahrein acusa Hisbolá e 'país vizinho' de instigar a violência

Ministra do Desenvolvimento Social responsabilizou indiretamente o Irã

Rei Hamad Al Khalifa, do Bahrein: governo acusa oposição de ter agenda política externa (Scott Olson/Getty Images)

Rei Hamad Al Khalifa, do Bahrein: governo acusa oposição de ter agenda política externa (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 11h59.

Genebra - A ministra do Desenvolvimento Social do Bahrein, Fátima Albalooshi, acusou nesta sexta-feira o grupo islamita Hisbolá e "um país vizinho" de serem os instigadores das desordens e da agitação civil que sacodem há algumas semanas este reino.

Sem querer mencionar, a ministra responsabilizou o Irã pela violência no reino de população majoritariamente xiita, mas governado por uma monarquia sunita.

Do Hisbolá disse que deu "treinamento" aos manifestantes, que saíram às ruas com o objetivo de "cumprir uma agenda política externa" e que prova disso são as supostas armas e munição com as quais contavam.

Fátima deu uma entrevista coletiva em Genebra, onde também contou que tinha se reunido com a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, a quem pediu provas das denúncias que formulou recentemente sobre assassinatos de civis, detenções arbitrárias e ataques contra feridos em hospitais por parte das forças de segurança no Bahrein.

Além disso, Fátima contradisse as denúncias internacionais sobre violações dos direitos humanos por parte das forças da ordem e chegou a dizer que o Governo as enviou "desarmadas" para conter os protestos e que foram os manifestantes que atacaram com paus, pedras e facas.

Além disso, assegurou que foram esses últimos que também atentaram contra ambulâncias, bloquearam o acesso aos hospitais e permitiam que os feridos recebessem atenção em função de sua procedência étnica.

Segundo a ministra de Bahrein, 243 policiais e apenas 53 civis ficaram feridos, enquanto que os mortos foram quatro e 11, respectivamente.

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