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Azerbaijão reconhece morte de 31 soldados em Nagorno

Após concordar o cessar-fogo as partes abriram negociações para a assinatura de um documento que restabeleça o cessar-fogo que entrou em vigor em 1994


	Conflito: após concordar o cessar-fogo, com mediação da Rússia, as partes em conflito abriram negociações para a assinatura de um documento que restabeleça o cessar-fogo que entrou em vigor em 1994
 (Vahan Stepanyan / Reuters)

Conflito: após concordar o cessar-fogo, com mediação da Rússia, as partes em conflito abriram negociações para a assinatura de um documento que restabeleça o cessar-fogo que entrou em vigor em 1994 (Vahan Stepanyan / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2016 às 08h49.

Baku - As Forças Armadas do Azerbaijão perderam 31 soldados durante os quatro dias de enfrentamentos com os armênios no enclave de Nagorno Karabakh, informou nesta quarta-feira o Ministério da Defesa do Azerbaijão.

"Durante os combates em Nagorno Karabakh, perdemos 31 soldados, um helicóptero e um tanque", disse a veículos de imprensa o porta-voz da pasta, Vagif Dargiajli.

O porta-voz acrescentou que os números oferecidos pela parte armênia sobre a destruição de 24 tanques e dois helicópteros azerbaijanos "são falsos".

Menos de 24 horas depois de um cessar-fogo no enclave, disputado há mais de 25 anos entre armênios e azerbaijanos, Baku já denunciou as primeiras violações da cessação de hostilidades.

"As Forças Armadas da Armênia violaram em 115 ocasiões o cessar-fogo na linha de contato. Os ataques ocorreram ao longo de toda a linha" que separa as posições dos dois grupos, denunciou Dargiajli.

Por sua vez, as autoridades da autoproclamada república de Nagorno Karabakh disseram que o cessar-fogo decretado a partir das 12h local de ontem "fou respeitado em geral".

"As informações da parte azerbaijana sobre as violações pela parte armênia são desinformação", disse o porta-voz do Ministério da Defesa do território, Senor Asratian.

Após concordar o cessar-fogo, com mediação da Rússia, as partes em conflito abriram negociações para a assinatura de um documento que restabeleça o cessar-fogo que entrou em vigor em 1994 e que pôs fim a uma guerra que deixou mais de 25 mil mortos.

Os carabaques asseguram que os combates que explodiram na madrugada de sábado não alteraram a situação na frente, mas o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, garantiu que seu Exército "tinha posto o inimigo em seu lugar e que hoje conta com uma clara superioridade".

Aliyev se referia aos pontos estratégicos que as unidades militares azerbaijanas retomaram no sábado e que representam o maior êxitomilitar para o Azerbaijão em mais de duas décadas e que Baku se nega a devolver.

O líder azerbaijano já deixou claro que considera inaceitável manter o atual status quo, no qual as tropas armênias controlam, além do próprio Nagorno Karabakh, uma faixa de segurança que representa 20% do território do Azerbaijão.

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