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Avião que caiu na Rússia tinha passado por revisão há um mês

Avião de passageiros AN-148 que caiu ontem perto de Moscou com 71 pessoas tinha passado por uma revisão completa

Destroços do AN-148: a bordo encontravam-se seis tripulantes e 65 passageiros, entre eles três crianças (Maxim Shemetov/Reuters)

Destroços do AN-148: a bordo encontravam-se seis tripulantes e 65 passageiros, entre eles três crianças (Maxim Shemetov/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de fevereiro de 2018 às 13h10.

Moscou - O avião de passageiros AN-148 que caiu ontem nos arredores de Moscou com 71 pessoas a bordo tinha passado em janeiro por uma revisão completa de manutenção, informou nesta segunda-feira a Saratovskie Avialinii, companhia aérea proprietária da aeronave.

A revisão, conhecida como "tipo C", é realizada a cada dois anos e inclui, entre outras coisas, "a revisão do motor, da fuselagem e das asas", afirma um comunicado divulgado pela companhia aérea baseada na cidade de Saratov, que suspendeu os voos de todos seus AN-148.

A aeronave passou, além disso, pela revisão de manutenção obrigatória que se deve fazer antes de cada voo "sem que se detectasse nenhuma falha", acrescentou a companhia aérea.

O avião, que caiu minutos depois de decolar do aeroporto Domodedovo, em Moscou, tinha completado outras três rotas durante o dia de ontem.

No entanto, a tripulação do fatídico voo regular 6W 703 entre Moscou e a cidade de Orsk, no sul dos Urais, acabava de começar seu turno.

Cerca de mil pessoas, 191 veículos e nove aviões não pilotados participam dos trabalhos de busca dos corpos das vítimas do acidente e dos destroços da aeronave acidentada.

"Por enquanto foram encontrados mais de 200 fragmentos dos corpos dos falecidos", disse à imprensa local Sergei Poletikin, chefe do Ministério de Situações de Emergências para a região de Moscou.

Por sua vez, a ministra de Saúde, Veronika Skvortsova, afirmou que será necessária uma semana para coletar todos os restos mortais do local da tragédia.

Poletikin também anunciou a localização das duas caixas-pretas do AN-148, que serão analisadas por especialistas do Comitê de Aviação Estatal russo, encarregado de investigar as causas do acidente.

A grande dispersão dos fragmentos da aeronave, sobre uma superfície de pelo menos 30 hectares, a neve e as caraterísticas do terreno dificultam os trabalhos de busca.

Por enquanto, as autoridades russas não anteciparam nenhuma hipótese sobre as possíveis causas da queda do avião e se limitaram a assinalar que estão abertas todas as linhas de investigação.

Meios de comunicação locais publicaram hoje imagens, captadas por uma câmera de vigilância, do momento no qual avião se choca contra o solo e ocorre uma grande explosão.

A bordo do AN-148 encontravam-se seis tripulantes e 65 passageiros, entre eles três crianças.

Inicialmente, as autoridades comunicaram que todos os ocupantes do avião eram cidadãos russos, mas depois informaram que havia três passageiros estrangeiros, um cidadão suíço, um azerbaijano e um cazaque.

O AN-148 é um avião projetado pela empresa aeronáutica ucraniana Antonov para cobrir rotas de média distância, com uma autonomia de voo de entre 2.200 e 4.400 quilômetros, em dependência da sua configuração.

O acidente aéreo deste domingo é o mais grave ocorrido na Rússia desde 25 de dezembro de 2016, quando um Tupolev Tu-154 da força aérea russa caiu no mar Negro, causando a morte de seus 96 ocupantes. EFE

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