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Avião militar japonês sobrevoa zona de defesa chinesa

Um avião militar japonês sobrevoou a nova zona de defesa aérea da China, que inclui território japonês, sem que tenha havido resposta imediata de Pequim

Avião da Marinha japonesa nas ilhas de Senkaku/Diaoyu, disputadas com a China: por enquanto não foi registrada nenhuma reação por parte da China (Kyodo/Files/Reuters)

Avião da Marinha japonesa nas ilhas de Senkaku/Diaoyu, disputadas com a China: por enquanto não foi registrada nenhuma reação por parte da China (Kyodo/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 07h27.

Tóquio - Um avião militar japonês sobrevoou nesta quinta-feira a nova zona de defesa aérea da China, que inclui território japonês, sem que tenha havido resposta imediata de Pequim, informou o governo do Tóquio.

O ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, revelou hoje durante uma entrevista coletiva que um avião das Forças Armadas japonesas sobrevoou a nova "área de identificação de defesa aérea" da China sem avisar as autoridades de Pequim e que por enquanto não foi registrada nenhuma reação por sua parte.

A designação no sábado passado desta nova área, que inclui as disputadas ilhas Senkaku/Diaoyu, controladas por Tóquio e cuja soberania Pequim reivindica, causou a imediata queixa do Japão e outros países como Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália, que consideram que a decisão aumenta a tensão na região.

O governo japonês pediu no início da semana às companhias aéreas do país que não apresentassem seus planos de voo para a China ao atravessar a nova zona de defesa aérea decretada unilateralmente por Pequim.

As duas grandes companhias do país, Japan Airlines (JAL) e All Nippon Airways (ANA), que já tinham começado a cumprir esta formalidade, anunciaram então que deixariam de fazer isso.

Por sua parte, o Ministério da Defesa chinês revelou ontem que tinha identificado dois bombardeiros B-52 das Forças Aéreas dos EUA sobrevoando sua nova zona de defesa aérea.

O histórico conflito territorial pela soberania do pequeno arquipélago Senkaku/Diaoyu aumentou em setembro do ano passado, quando o governo de Tóquio comprou de seu proprietário japonês três dos cinco ilhotas, ação que desencadeou violentas manifestações na China.

Situado no Mar da China Oriental, a cerca de 175 quilômetros ao nordeste de Taiwan e 150 ao noroeste do arquipélago japonês de Okinawa, este desabitado conjunto de ilhotas tem uma superfície de sete quilômetros quadrados e acredita-se que poderia contar com importantes recursos naturais.

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