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Autoridades se reúnem para definir "zona tampão" na Ucrânia

Alto escalão militar russo e ucraniano querem definir uma zona de 30 quilômetros a partir da qual as forças do governo e os separatistas irão recuar


	Ucrânia: autoridades concordaram em estabelecer uma zona neutra e remover armas pesadas e minas
 (Anatolii Stepanov/AFP)

Ucrânia: autoridades concordaram em estabelecer uma zona neutra e remover armas pesadas e minas (Anatolii Stepanov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 08h22.

Kiev - Autoridades do alto escalão militar russo e ucraniano se reuniram nesta sexta-feira para definir os limites de uma "zona tampão" de 30 quilômetros proposta para o leste da Ucrânia, a partir da qual as forças do governo e os separatistas irão recuar, disseram militares de Kiev.

Ao mesmo tempo, em Moscou, um alto funcionário do Kremlin informou nesta sexta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Petro Poroshenko, discutiram em conversas telefônicas a possibilidade de se encontrarem sozinhos ou com os líderes da Alemanha e França, mas as datas precisas ainda não estavam definidas.

As autoridades militares ucranianas afirmaram que um grupo tripartite, que incluiu 76 oficiais militares russos e representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reuniu-se nesta sexta-feira ao norte da cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia.

Representantes da Ucrânia, Rússia e da OSCE concordaram no dia 19 em uma reunião na capital bielo-russa, Minsk, em estabelecer uma zona neutra e remover da área artilharia, armas pesadas e minas, como parte das medidas para solidifcar o cessar-fogo pactuado no dia 5.

"Esse grupo, em particular, irá trabalhar na definição das linhas de separação e da chamada zona tampão", disse o porta-voz militar ucraniano Andriy Lysenko.

"Irá acompanhar o cumprimento dos acordos (de Minsk), separar as partes em conflito e garantir a manutenção desta zona de 30 km", declarou outro oficial militar, Vladyslav Selezyov.

A reunião para criar a "zona tampão" foi a primeira medida concreta depois do cessar-fogo.

A Rússia nega qualquer envolvimento militar direto no conflito, no qual mais de 3.000 pessoas foram mortas, ou que esteja armando os separatistas, apesar de o governo da Ucrânia e países ocidentais dizerem que há provas conclusivas sobre isso.

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