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Autoridades se preocupam com efeito do massacre em Orlando

As autoridades locais têm manifestado preocupação com os efeitos que ele poderá causar à imagem e à economia da cidade turística


	Massacre: "o choque foi muito grande, afetando drasticamente a rotina de uma cidade que até então era pacata e turística"
 (Maxim Zmeyev/Reuters)

Massacre: "o choque foi muito grande, afetando drasticamente a rotina de uma cidade que até então era pacata e turística" (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2016 às 14h26.

O massacre ocorrido na Boate Pulse, que resultou na morte de 50 pessoas – entre elas a do atirador Omar Mateen – ainda está sendo assimilado pelos moradores de Orlando, na Flórida.

As autoridades locais têm manifestado preocupação com os efeitos que ele poderá causar à imagem e à economia da cidade que, segundo a organização Visit Orlando, recebeu 65 milhões de turistas no ano passado.

Em meio à surpresa causada pelo atentado, algumas especulações têm sido levantadas pela imprensa norte-americana.

De acordo com o jornalista brasileiro Rodrigo Lins, correspondente nos Estados Unidos do site Só notícia boa, entre as especulações mais recentes estão a de que haveria uma segunda pessoa dando apoio ao atirador, no local, e de que haveria dois brasileiros entre os feridos.

“Orlando é uma cidade muito pacífica e familiar. Havia pouca preocupação com a segurança, a ponto de não se fazer revistas na entrada de boates e clubes. Por isso, o choque foi muito grande, afetando drasticamente a rotina de uma cidade que até então era pacata e turística, mas que agora teve estado de emergência decretado pelo prefeito”, disse Lins à Agência Brasil.

A preocupação em manter na cidade a sensação de segurança é, segundo o jornalista, uma estratégia que visa a evitar efeitos negativos também para a economia local, que tem no turismo sua principal fonte de receita.

Nesse sentido, diversas mudanças de rotina têm sido implementadas.

“Todos sabem que é preciso manter o índice de segurança preservado porque a economia é toda voltada para o turismo. Nesse sentido, as autoridades vêm atuando para amenizar os efeitos negativos que o massacre pode causar. Hoje de manhã, fui à Disney e, para minha surpresa, vi o parque vazio e com as catracas reativadas. O clima é de terror e há muita tristeza no ar. As pessoas estão muito assustadas e consternadas”, acrescentou o jornalista.

Rodrigo Lins disse que todos os 50 corpos já foram identificados, mas que há risco de mais mortes serem registradas, uma vez que ainda há muitos feridos nos hospitais.

“Apesar de, na lista oficial, não ter aparecido nomes de brasileiros, e de o Itamaraty ter dito que não havia brasileiros entre as vítimas, há veículos da mídia local dizendo que havia dois brasileiros entre os feridos”, afirmou Lins.

Ele disse ainda que também tem sido especulado que havia, no local, uma segunda pessoa dando apoio ao atirador.

“Pessoas que saíram da boate têm dito, em entrevistas, que havia outro atirador no local. Mas tudo isso ainda está no campo da especulação e precisa ser mais investigado”, acrescentou o correspondente.

As autoridades norte-americanas consideram que o ataque tenha sido um atentado homofóbico, pois a boate era voltada para o público gay.

O assassino, identificado como o norte-americano Omar Mateen, de 29 anos, entrou na boate com um rifle AR-15 e uma arma de pequeno porte. Ele abriu fogo contra cerca de 300 pessoas que estavam no local.

De acordo com o jornalista, Omar nasceu em Nova York e é filho de afegãos.

“Os investigadores estão, agora, focados no apartamento do atirador, na tentativa de encontrar indícios de sua ligação com o Estado Islâmico. Por motivos político-eleitorais, a Casa Branca tem evitado se manifestar sobre alguns detalhes antes de serem concluídos os trabalhos periciais. Ao que parece, o Estado Islâmico já assumiu a autoria do atentado, mas isso ainda precisa ser confirmado”.

Em diversas localidades da Flórida, a população tem feito vigílias.

“As pessoas têm falado mais em apoio às vítimas do que propriamente feito críticas ao sistema de segurança. Há grupos LGBT fazendo força-tarefa de voluntários para manter a cobertura de notícias nas redes sociais e para estimular a doação de sangue para os hospitais.”

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