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Autoridades pedem ação rápida da Grécia sobre surto de HIV

Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças disse que as infecções entre os usuários de drogas e outros grupos de alto risco estavam aumentando rapidamente


	Segundo o Centro, uma omissão da situação atual significaria custos muito mais elevados no futuro
 (Reuters)

Segundo o Centro, uma omissão da situação atual significaria custos muito mais elevados no futuro (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 09h24.

Londres - Um crescente surto de HIV na endividada Grécia poderia sair do controle, a menos que sejam tomadas medidas urgentes, informaram autoridades de saúde europeias, na sexta-feira.

O Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC, em inglês) disse que as infecções causadas pelo vírus da Aids entre os usuários de drogas e outros grupos de alto risco estavam aumentando rapidamente, e que uma omissão significaria custos muito mais elevados no futuro.

O diretor da ECDC Marc Sprenger esteve em Atenas na sexta-feira visitando hospitais e acompanhando troca de seringas. Ele disse que iria falar para as autoridades que os programas de seringas e metadona gratuitos precisam ser reforçados.

"Ação combinada imediata é necessária a fim de reduzir e, eventualmente, acabar com o surto atual", disse ele à Reuters, quando o ECDC publicou um relatório sobre o problema com o HIV da Grécia.

Desde 2009, a recessão na Grécia reduziu a produção econômica em um quinto e bateu níveis recorde de desemprego.

O sistema de saúde está sob extrema pressão, tornando mais difícil para os pobres, desempregados ou sem-teto para conseguir tratamento.

O ECDC afirmou que não estava claro o quanto a crise da dívida da Grécia está contribuindo para o surto de HIV, mas estava evidentemente tendo "um significativo impacto social e à saúde". Havia temores em Atenas, de que "os serviços de tratamento de HIV atingissem um limite" por causa do salto no número de casos em 2012.

Enquanto a Grécia tem apenas 7,4 infecções por HIV por 100.000 pessoas, em comparação com 10 por 100 mil na Grã-Bretanha ou 27,3 na Estônia, as taxas subiram desde 2011 em grupos de alto risco, como usuários de drogas.

De 2007 a 2010, havia apenas de 10 a 15 casos por ano de infecção pelo HIV em usuários de drogas injetáveis.

Mas durante 2011, houve 256 casos --ou 27 por cento do total. Outros 314 casos de infecção pelo HIV por uso de drogas foram notificados entre janeiro e agosto de 2012, trazendo o total de casos de HIV para o ano até agosto para 768.

Um coquetel de remédios pode dar aos pacientes com HIV uma expectativa de vida quase normal, mas os medicamentos devem ser tomados por toda a vida, e custam de 10.000 a 22.000 euros (13.000 a 28.500 dólares) por ano.

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