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Autoridades classificam ataque em Nova York como "terrorismo"

Segundo jornais, o suspeito deixou um bilhete dizendo que cometeu o atentado em nome do grupo militante Estado Islâmico

Ataque: trata-se do ataque mais letal em Nova York desde o 11 de setembro (Andrew Kelly/Reuters)

Ataque: trata-se do ataque mais letal em Nova York desde o 11 de setembro (Andrew Kelly/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 08h20.

Nova York - Um imigrante uzbeque acusado de matar oito pessoas na cidade de Nova York ao invadir uma ciclovia com uma caminhonete alugada na terça-feira parece ter agido sozinho, mas o ataque cometido no dia de Halloween tem todas as marcas registradas do terrorismo, disseram autoridades dos Estados Unidos.

O suspeito, que foi baleado pela polícia e preso momentos depois do ataque no oeste de Manhattan, deixou um bilhete dizendo que cometeu o atentado em nome do grupo militante Estado Islâmico, segundo o jornal New York Times e a rede CNN.

O saldo de mortes é baixo quando comparado às dezenas de mortos de ataques semelhantes no ano passado na França e na Alemanha. Mesmo assim, foi o ataque mais letal em Nova York desde o 11 de setembro de 2001, quando suicidas sequestraram dois aviões de passageiros e os lançaram contra o World Trade Center, matando mais de 2.600 pessoas.

O Ministério de Relações Exteriores da Argentina informou em comunicado que cinco cidadãos argentinos estão entre os mortos.

O local das Torres Gêmeas se situa a poucas quadras do cenário do atropelamento de terça-feira, ocorrido quando o suspeito entrou com a caminhonete em uma ciclovia também usada por pedestres no final da tarde.

Movendo-se a uma velocidade estimada em mais de 100 km/h, o veículo derrubou todos em seu caminho antes de atingir a lateral de um ônibus escolar.

Depois disso o motorista saiu do veículo brandindo o que pareciam ser armas e foi confrontado por um policial, que o baleou no abdômen. A polícia disse ter recuperado uma arma de paint-ball e outra de chumbinho no local.

O ataque terminou em questão de segundos. Imagens de vídeo feitas por um pedestre que circularam na internet mostraram bicicletas destruídas espalhadas ao longo da ciclovia e ao menos duas pessoas caídas no chão.

Além das oito mortes, ao menos 11 pessoas foram hospitalizadas com ferimentos descritos por autoridades dos bombeiros como sérios, mas sem risco de morte. Isso exclui o suspeito, que foi operado devido aos ferimentos de bala.

A polícia não quis identificá-lo publicamente, mas uma fonte a par da investigação disse que ele se chama Sayfullo Saipov e tem 29 anos. Acredita-se que ele mora em Paterson, Nova Jersey, um ex-polo industrial localizado cerca de 40 quilômetros ao noroeste do sul de Manhattan.

Segundo reportagens, ele alugou o veículo em uma loja de equipamentos da rede Home Depot localizada em Passaic, ao sul de Paterson.

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