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Autoridade palestina pede fim da guerra e EUA diz trabalhar com Israel por pausa humanitária

A viagem de Blinken ao Oriente Médio é parte do esforço dos Estados Unidos pela contenção do drama humanitário na Faixa de Gaza

Blinken: "É um processo! Israel levantou questões importantes sobre como a pausa humanitária funcionaria" (Jordan Pix/Getty Images)

Blinken: "É um processo! Israel levantou questões importantes sobre como a pausa humanitária funcionaria" (Jordan Pix/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de novembro de 2023 às 07h27.

Última atualização em 6 de novembro de 2023 às 07h28.

Os relatos são de um encontro "tenso" entre o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia. O americano reiterou que Israel tem o direito de se defender, mas que os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar os civis na Faixa de Gaza enquanto o palestino pediu pelo fim imediato do que chamou de "guerra destrutiva".

A viagem de Blinken ao Oriente Médio é parte do esforço dos Estados Unidos pela contenção do drama humanitário na Faixa de Gaza, no momento em que o conflito escala. Israel, no entanto, se mantém contra qualquer trégua até que Hamas libere as mais de 200 pessoas que foram sequestradas no ataque terrorista de 7 de outubro e são mantidas como reféns há quase um mês.

"É um processo", disse Blinken. "Israel levantou questões importantes sobre como a pausa humanitária funcionaria", inclusive sobre como isso afetaria as cerca de 240 pessoas mantidas como reféns pelo Hamas, relatou o chefe da diplomacia americana a jornalistas durante uma parada em Bagdá para onde seguiu viagem depois da Cisjordânia.

A Autoridade Palestina, por sua vez, disse em comunicado que Abbas pediu ao chefe da diplomacia americana "para parar imediatamente a devastadora guerra e acelerar o fornecimento de ajuda humanitária, incluindo cuidados médicos, alimentos, água, eletricidade e combustível, à Faixa de Gaza".

À rede CBS, o embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot disse que o encontro foi tenso porque existem diferenças, mas que os Estados Unidos tem a oportunidade de mediar o conflito árabe-israelense.

Terceira viagem de Blinken

A viagem de Blinken é a terceira à região desde o início da guerra e primeira à capital da Autoridade Nacional Palestina. O chefe da diplomacia americana passou por Tel-Aviv na sexta-feira por Amã, na Jordânia, no sábado e por Ramallah, na Cisjordânia neste domingo, antes de seguir para uma visita surpresa a Bagdá. Lá, ele discutiu a escalada da violência no Oriente Médio com o primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani no momento em que as tropas americanas enfrentam ataques de milícias aliadas ao Irã no Iraque.

Enquanto Blinken discute o avanço da guerra com líderes regionais, Israel anunciou um cerco total à Cidade de Gaza. O porta-voz do IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel), Daniel Hagari, anunciou que o enclave foi dividido em dois: "hoje existe o norte de Gaza e o sul de Gaza"

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