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Autoridade eleitoral turca rejeita recursos contra referendo

Dez membros do YSK votaram contra a anulação do referendo, enquanto um votou a favor

Recep Tayyip Erdogan: objetivo dos recursos era anular os resultados do referendo que ampliou os poderes do presidente (Murat Cetinmuhurdar/Presidential Palace/Handout/Reuters)

Recep Tayyip Erdogan: objetivo dos recursos era anular os resultados do referendo que ampliou os poderes do presidente (Murat Cetinmuhurdar/Presidential Palace/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de abril de 2017 às 13h41.

Última atualização em 19 de abril de 2017 às 14h06.

Istambul - A Junta Suprema Eleitoral da Turquia (YSK) rejeitou nesta quarta-feira a cancelar o referendo constitucional de domingo passado, como pediram dois partidos da oposição por entender que houve manipulação na contagem de votos.

A YSK tomou esta decisão em resposta à impugnação do Partido Republicano do Povo (CHP) e do Partido Democrático dos Povos (HDP), respectivamente o segundo e o terceiro do Parlamento, que solicitaram invalidar o plebiscito que decidiu a implantação de um sistema presidencialista no país.

A deliberação foi aprovada com dez votos a um e uma abstenção, informou a rede "NTV". O pequeno partido Vatan, sem representação parlamentar, também solicitou o cancelamento.

"A YSK se reuniu hoje a partir das 10h30 para votar de forma separada as três petições de cancelamento do referendo por irregularidades. Às 17h30, foi tomada a decisão de rejeitála por maioria, com dez votos contrários e um a favor", diz um comunicado da Junta, divulgado pela "NTV".

Ontem, o CHP impugnou o resultado do referendo, no qual a reforma constitucional ficou estabelecida com 51,4% dos votos, frente aos 48,6% que se opuseram as mudanças que outorgam ao chefe do Estado o poder executivo. A diferença é de apenas 1,3 milhão de votos, mas o CHP considera que 2,5 milhões foram contabilizados ilegalmente, já que não estavam devidamente lacrados pelas mesas eleitorais.

O HDP, que entregou hoje sua solicitação de suspensão, também considera que a decisão da YSK de admitir estes votos como válidos, apesar da lei dizer o contrário, obriga a cancelar todo o plebiscito.

O ministro de Relações Exteriores turco, Mevlüt Cavusoglu, criticou hoje os observadores internacionais que também disseram que houve irregularidade na contagem.

"Eles não podem vir a Turquia e se meter na nossa política", disse o chefe da diplomacia turca, que defende que o referendo foi transparente.

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