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Autoridade do Irã diz que EUA concordaram em suspender sanções

Os EUA decidiram retirar algumas importantes figuras do Irã de uma "lista negra", em meio a negociações para a retomada do acordo nuclear firmado entre Teerã e potências globais em 2015

 (STR/AFP/Getty Images)

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Drc

Da redação, com agências

Publicado em 23 de junho de 2021 às 09h38.

Última atualização em 23 de junho de 2021 às 09h43.

O Irã afirmou nesta quarta-feira que os Estados Unidos concordaram em remover todas as sanções impostas ao petróleo e ao transporte marítimo da República Islâmica, além de retirar algumas importantes figuras do país de uma "lista negra", em meio a negociações para a retomada do acordo nuclear firmado entre Teerã e potências globais em 2015, cuja vigência está em pausa atualmente.

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As declarações, feitas pelo chefe de gabinete do presidente Hassan Rouhani --que está deixando o poder no Irã--, foram consistentes com comentários anteriores de autoridades do campo pragmático de Rouhani, que indicavam que os EUA estariam prontos para fazer grandes concessões nas negociações, que ocorrem desde abril em Viena.

As conversas foram interrompidas para um intervalo no domingo, dois dias depois da eleição presidencial no Irã, vencida pelo ultraconservador Ebrahim Raisi, chefe do judiciário iraniano, que está na "lista negra" de Washington. Raisi deve substituir Rouhani em agosto.

"Um acordo foi alcançado para remover todas as sanções sobre seguro, petróleo e transporte marítimo que foram impostas pelo (ex-presidente dos EUA, Donald) Trump", disse o chefe de gabinete Mahmoud Vaezi, segundo a mídia estatal iraniana.

"Cerca de 1.040 sanções da era Trump serão suspensas pelo acordo. Também foi acertada a suspensão de algumas sanções a indivíduos e membros do círculo íntimo do líder supremo", acrescentou.

Como outros negociadores ocidentais e iranianos que disseram que as negociações ainda estão longe de serem concluídas, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, disse nesta quarta-feira que Teerã e as potências ainda precisam superar obstáculos significativos.

Maas disse que um acordo seria possível mesmo depois da eleição de Raisi, um crítico implacável do Ocidente.

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